
Ronaldo de Oliveira, empresário detentor de um patrimônio milionário no Distrito Federal, está no centro de uma investigação da Polícia Civil.
A Operação “Old West”, deflagrada pela 18ª Delegacia de Polícia em Brazlândia, tem como foco um esquema de lavagem de dinheiro, envolvendo pelo menos 15 laranjas e testas de ferro. Nove mandados de prisão temporária e sete de busca e apreensão foram cumpridos. A família de Oliveira, incluindo esposa, filhos, nora, e cunhada, é alvo das ações.
O grupo é acusado de articular um esquema sofisticado que utilizava um analista do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) para cuidar de processos e fornecer informações privilegiadas – a identidade do analista não foi divulgada.
A polícia revela que o servidor recebia transferências bancárias para favorecer os interesses do empresário, tendo um papel essencial na operação do esquema.
Estratégias sofisticadas de lavagem após Operação Trickster
A investigação aponta que, após ser alvo da Operação Trickster, que desvendou desvios milionários em dinheiro público, Ronaldo desenvolveu um esquema ainda mais elaborado de lavagem de dinheiro, movimentando mais de R$ 31 milhões.
O empresário, conhecido como o “dono de Brazlândia”, teria utilizado um supermercado e contas de poupança em nome de testas de ferro, inclusive filhos menores, para ocultar e lavar o dinheiro ilícito.
A movimentação do dinheiro começava com o recebimento em contas empresariais, sendo, em seguida, lançado nas contas-poupanças do grupo.
Retiradas diárias dessas contas-poupanças eram realizadas para evitar bloqueios judiciais, com algumas contas chegando a receber depósitos superiores a R$ 1 milhão.
Histórico de foragido
O empresário, que ficou foragido por três anos até 2021, foi preso em abril desse ano por corrupção contra a administração pública e associação criminosa. Antes disso, em 2018, já havia sido alvo de prisão por pagar propina a um responsável pela bilhetagem automática do DFTrans, Harumy Tomonori. Na época, ficou evidenciado que o casal pagava propina para agilizar processos e encobrir irregularidades nas empresas.
Os policiais receberam informações de que o empresário circulava pelo povoado de Buriti Alto, próximo ao município de Mimoso, onde Oliveira seria dono de um posto de gasolina. O local, segundo os militares, era estratégico, pois facilitava uma possível fuga para diferentes unidades da Federação, como Bahia, Tocantins ou mesmo o DF.
↗️ Imagens da ação de policiais civis na Operação Old West, que investiga empresário dono de fortuna no DF. Suspeito montou “laranjal” para lavar R$ 31 milhões
Leia na coluna de @mirelle_ap e @carloscarone78: https://t.co/6Kx2sCiZRu
? Breno Esaki/Metrópoles pic.twitter.com/1H04aHzfJy
— Metrópoles (@Metropoles) December 20, 2023
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