
A ONU (Organização das Nações Unidas), nesta terça-feira (26), fez uma denúncia sobre o impacto dos ataques ocorridos na Faixa de Gaza durante a véspera e o dia de Natal, entre os dias 24 e 25 de dezembro.
O Escritório do Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos expressou extrema preocupação com os bombardeios contínuos das forças israelenses na região, resultando em mais de 100 mortes de palestinos desde a véspera de Natal – desde o início dos conflitos em 7 de outubro, o número total de óbitos em Gaza chega a quase 21 mil pessoas.
Bombardeios continuam
O último intenso bombardeio aconteceu após as forças israelenses ordenarem a mudança dos residentes do sul de Wadi Gaza para Middle Gaza e Tal al-Sultan em Rafah.
Um incêndio eclodiu numa fábrica em Jabalia al-Balad, norte de Gaza, como resultado de bombardeios contínuos do exército de ocupação israelense
25.12.23@UN @IntlCrimCourt @antonioguterres @ItamaratyGovBr pic.twitter.com/ZUoup6QAbl— Marciano Brito ☆ ?☆?☆? (@MarcianoBrito13) December 25, 2023
Scenes of destruction at Al-Quds Hospital in Gaza, after the withdrawal of Israeli occupation forces.
report: Prince Kouta pic.twitter.com/deoBW6jHfl— Gaza Notifications (@gazanotice) December 26, 2023
A Força Aérea Israelense realizou mais de 50 ataques em Middle Gaza, incluindo em campos de refugiados como Al Bureij, Al-Nuseirat e Al-Maghazi. Sete edifícios residenciais em Al-Maghazi foram atingidos, resultando na morte de aproximadamente 86 palestinos, além de que há um número desconhecido de pessoas ainda preso sob os escombros, conforme alertou a ONU.
Esses ataques ocorreram pouco depois de o Papa Francisco, durante sua missa na Catedral de São Pedro, expressar sua solidariedade ao povo palestino.
Em Belém, as comemorações públicas de Natal foram canceladas, sendo substituídas por uma vigília, e uma enorme bandeira palestina foi exposta, pedindo um cessar-fogo em Gaza.
Israel ignora apelo internacional
Apesar da resolução recente do Conselho de Segurança da ONU, que visava aumentar a ajuda humanitária para Gaza, Israel persistiu em ignorar as apelações, intensificando os ataques. O número total de mortos nos campos de Al-Maghazi e Al-Bureij subiu para pelo menos 131, segundo a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF). A situação humanitária em Gaza é cada vez mais catastrófica, com estradas destruídas, impedindo a chegada de ajuda humanitária, e hospitais superlotados.
A ONU reiterou o apelo para que todos os ataques respeitem estritamente os princípios da lei humanitária internacional, incluindo distinção, proporcionalidade e precaução no ataque. Além disso, enfatizou que as forças israelenses devem tomar todas as medidas disponíveis para proteger os civis, destacando que avisos e ordens de evacuação não isentam de responsabilidade as forças envolvidas nos ataques.
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