
Vinte anos após a decisão judicial que concedeu a Andreas von Richthofen o direito à totalidade da herança de seus pais, Manfred e Marísia von Richthofen, o herdeiro, atualmente com 36 anos, parece desinteressado em gerir ou desfrutar dos bens recebidos. Essa decisão evitou que sua irmã, Suzane von Richthofen, condenada pela morte do casal, compartilhasse da fortuna estimada em R$ 10 milhões na época.
O espólio incluía carros, terrenos e seis propriedades, entre elas a mansão onde o crime ocorreu em 2002, vendida por R$ 1,6 milhão. No entanto, a situação atual mostra um cenário diferente. Andreas enfrenta 24 processos judiciais em São Paulo devido a dívidas de IPTU e condomínio, totalizando cerca de R$ 500 mil. O abandono dos imóveis ilustra ainda mais essa realidade.
Duas das casas herdadas por Andreas permaneceram fechadas por tanto tempo que foram invadidas por “falsos sem-teto”. Uma delas é a residência na Vila Congonhas, em São Paulo, avaliada em R$ 1 milhão. Com informações do jornal O Globo.
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A casa de 300 metros quadrados, localizada na Rua Barão de Suruí, já abrigou duas editoras, a Magnum e a Etros. Mesmo com diversas ofertas de compra, Andreas recusou todas, deixando a propriedade sem manutenção e sujeita a ocupações clandestinas.
A casa acumula R$ 48.524,07 em débitos de IPTU, referentes aos anos de 2021 e 2022, período em que foi ocupada por invasores. Além disso, outras propriedades de Andreas em Campo Belo correm o risco de serem invadidas, como uma na Rua República do Iraque, onde funcionava a clínica de sua mãe. Essa casa geminada de dois pavimentos acumula débito de R$ 20.170,17 até julho de 2023.
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O herdeiro, que chegou a morar nessa casa, agora enfrenta problemas com invasões e usucapião em outras propriedades em Campo Belo. Vizinhos relatam seu comportamento intermitente, alternando entre momentos sociáveis e períodos de reclusão. Empresários locais, como Allan Zurita, expressam interesse em comprar suas propriedades, mas encontram dificuldades para localizá-lo.
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Além disso, um apartamento de 32 metros quadrados adquirido por Andreas em 2017 enfrenta processos judiciais por inadimplência no condomínio. Desde 2020, ele não paga as despesas mensais e viu o valor do imóvel subir para R$ 630 mil em 2023. O apartamento oferece diversas comodidades, mas Andreas se mudou para um sítio no interior do estado e parece ignorar suas obrigações financeiras relacionadas ao imóvel.
Os bens de Andreas, localizados em Campo Belo, eram administrados pela imobiliária Laert de João Imóveis, que enfrentou dificuldades para contatá-lo. Sua última aparição em 2021 deixou uma impressão preocupante, com relatos de sujeira e aspecto de desleixo.