Ramagem, que liderou a agência durante o governo Jair Bolsonaro (PL), é atualmente deputado federal e figura entre os alvos da operação. Os investigadores realizaram diligências com mandados de busca tanto em seu gabinete quanto no apartamento funcional da Câmara que ele ocupa.
A decisão de Moraes destaca a “instrumentalização da ABIN para monitoramento da Promotora de Justiça do Rio de Janeiro e coordenadora da força-tarefa sobre os homicídios qualificados perpetrados em desfavor da vereadora Marielle Franco e o motorista que lhe acompanhava, Anderson Gomes”.
Embora não esclareça o objetivo específico do monitoramento da promotora, a decisão sugere a existência de um esquema de monitoramento ilegal na Abin, visando, entre outras coisas, criar relatórios apócrifos para construir narrativas falsas.
Simone Sibilio, responsável pelo caso desde 2018, deixou a investigação em 2021, alegadamente por receios e insatisfação com “interferências externas”. O caso continua sob investigação do MP-RJ, e a Polícia Federal (PF), a pedido do ex-ministro Flávio Dino, abriu um inquérito para ampliar a “colaboração federal” nas investigações.
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