“Ameaça existencial”: Ex-funcionários da Segurança Nacional de Israel exigem a troca de Netanyahu

Atualizado em 26 de janeiro de 2024 às 23:04
Netanyahu olhando para o lado com expressão séria
Netanyahu enfrenta críticas crescentes por sua gestão da guerra – Reprodução

Um grupo composto por ex-funcionários do serviço de Segurança Nacional de Israel, líderes empresariais proeminentes e até ganhadores do Prêmio Nobel está exigindo a remoção de Benjamin Netanyahu do cargo de primeiro-ministro do país.

Esta semana, 43 signatários enviaram uma carta ao presidente Isaac Herzog e ao presidente do Parlamento, Amir Ohana, denunciando Netanyahu como uma “ameaça existencial” para o Estado judeu.

A carta, citada pela CNN, critica a atual coalizão governista liderada por Netanyahu, acusando-a de favorecer uma abordagem de extrema direita e antiárabe. Além disso, condena uma reforma judicial proposta em janeiro do ano passado, que visava limitar o poder da Suprema Corte de revisar as decisões do governo.

Os signatários atribuem as falhas de segurança e inteligência que culminaram no ataque do Hamas em outubro passado, o mais mortal em 50 anos, a Netanyahu, a quem chamam de “o principal responsável” por tais circunstâncias. De acordo com o jornal O Globo, eles também acusam o premier de financiar o Hamas por anos, comprometendo a segurança de Israel.

Local de Israel em destroços
Netanyahu viu sua popularidade cair em Israel após ataque do Hamas – Reprodução

A carta foi entregue a Herzog e Ohana e conta com o apoio de figuras proeminentes, incluindo ex-diretores dos serviços de segurança de Israel, ex-chefes das Forças Armadas e ganhadores do Prêmio Nobel. O documento conclui com um apelo à destituição de Netanyahu, destacando a responsabilidade nacional em jogo.

Embora nem o presidente nem o presidente do Parlamento tenham autoridade para remover unilateralmente o primeiro-ministro, a carta também será enviada aos parlamentares do Knesset, que têm o poder real de substituir Netanyahu.

Netanyahu, que enfrenta críticas crescentes por sua gestão do conflito com o Hamas e sua liderança geral, viu sua popularidade cair nas pesquisas recentes. Com a pressão aumentando tanto interna quanto externamente, o futuro político de Netanyahu parece cada vez mais incerto.

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