Prerrogativas denuncia “estelionato eleitoral” de Rosângela Moro: ”Apego pelo poder”

Atualizado em 7 de março de 2024 às 23:32
Deputada federal Rosângela Moro ao lado do marido Sergio Moro. Foto: Divulgação

O grupo Prerrogativas, composto por juristas, advogados, defensores e professores de direito, anuncia medidas legais contra a deputada federal Rosângela Moro (União Brasil-PR).

A deputada transferiu seu título eleitoral de volta para o Paraná após ser eleita pelo estado de São Paulo, revelando uma reviravolta no cenário político local e nacional. Agora, Rosângela surge como uma possível candidata ao Senado, caso seu marido, o atual senador Sergio Moro (União-PR), seja cassado pela Justiça Eleitoral.

Em comunicado, o grupo Prerrogativas ressalta que desde as eleições de 2022 tem levantado a possibilidade de estelionato eleitoral por parte da parlamentar, ao se candidatar por um estado sem qualquer vínculo afetivo ou de residência.

Grupo Prerrogativas. Foto: Divulgação

O grupo critica o que considera “cinismo e hipocrisia” do casal Moro na vida pública e afirma que tomará medidas legais apropriadas.

Por outro lado, apoiadores do casal afirmam que a transferência do título de eleitor de Rosângela para o Paraná ocorreu por questões logísticas, uma vez que seu marido foi eleito pelo estado e mantém domicílio em Curitiba. Expressam também confiança de que Sergio Moro não será cassado, e portanto, Rosângela não será candidata para substituí-lo.

O julgamento de Moro está agendado para o dia 1º de abril no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). O ex-juiz enfrenta duas ações, movidas pelo PL de Jair Bolsonaro e pela Federação Brasil da Esperança, composta por PT, PC do B e PV, partidos da base do governo Lula. Moro nega as acusações.

Leia abaixo a íntegra do comunicado do grupo Prerrogativas:

“A notícia é verdadeiramente escandalosa. O apetite e o apego que o casal Moro tem pelo poder só não são maiores do que o cinismo e a hipocrisia com que ambos vêm atuando na vida pública. Desde o início, o grupo Prerrogativas procurou demonstrar que a senhora Rosângela Moro havia cometido estelionato eleitoral ao se candidatar por um estado com o qual jamais teve qualquer relação afetiva ou de residência. O registro de sua candidatura deveria ter sido cassado, o que pouparia seus eleitores deste enorme constrangimento. Tomaremos providências. Isso precisa ser corrigido na legislação. Ninguém deveria poder representar um estado e ter domicílio em outro. É uma grande contradição.”

Siga nossa nova conta no X, clique neste link
Participe de nosso canal no WhatsApp, clique neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link

Guilherme Arandas
Guilherme Arandas, 27 anos, atua como redator no DCM desde 2023. É bacharel em Jornalismo e está cursando pós-graduação em Jornalismo Contemporâneo e Digital. Grande entusiasta de cultura pop, tem uma gata chamada Lilly e frequentemente está estressado pelo Corinthians.