Primas de Gal Costa dizem que viúva coagiu cantora a anular testamento

Atualizado em 30 de março de 2024 às 23:02
Wilma Petrillo e Gal Costa, que faleceu em 2022. Foto: reprodução

Uma batalha legal envolvendo a herança e o legado da renomada cantora brasileira Gal Costa ganha novos contornos com a entrada em cena de familiares em disputa. Verônica Silva e Priscila Silva, primas da artista, deram entrada em um processo judicial solicitando a validação de um testamento elaborado por Gal em 1997, que tinha como objetivo a criação da Fundação Gal Costa de Incentivo à Música e Cultura. As primas alegam que a cantora foi coagida por Wilma Petrillo, viúva dela, a revogar o documento em 2019.

Em contrapartida, Wilma, que obteve o reconhecimento de união estável com Gal, enfrenta contestações do filho da cantora, Gabriel Costa, de 18 anos. Gabriel, único herdeiro de Gal, busca esclarecimentos sobre a morte da mãe, ocorrida em novembro de 2022, e contesta a causa registrada no atestado de óbito, que apontava um infarto agudo no miocárdio e uma neoplasia maligna como causas da morte.

Segundo Verônica e Priscila Silva, a revogação do testamento se deu em um contexto de coação moral irresistível sobre Gal Costa, conforme detalhado no processo. Elas argumentam que a criação da Fundação Gal Costa de Incentivo à Música e Cultura era o desejo legítimo da cantora, visando preservar seu patrimônio cultural e artístico.

“Gal jamais manifestou qualquer vontade de revogação do testamento lavrado anteriormente, especialmente porque o referido documento seria destinado a preservar o seu patrimônio cultural e artístico para constituição de uma fundação filantrópica em seu nome”, afirmaram as primas em entrevista ao G1.

Gabriel Costa, filho de Gal, em entrevista à Globo. Foto: reprodução

Além disso, Verônica e Priscila Silva alegam que a convivência no casamento da artista era marcada por manipulação por parte de Wilma, que teria agido para isolar a cantora de amigos e familiares.

O embate judicial toma proporções ainda maiores com as alegações feitas por Gabriel. Ele solicita à Justiça autorização para a exumação do corpo de Gal, buscando uma perícia judicial que esclareça as circunstâncias de sua morte.

Gabriel contesta o atestado de óbito e levanta dúvidas sobre a causa da morte da mãe, especialmente pelo fato de Gal aparentar estar bem de saúde um dia antes do falecimento.

“A situação se faz de tal modo misteriosa que o requerente, filho único e herdeiro da de cujus, se pergunta como veio a falecer sua mãe, que parecia estar bem, vivenciando o dia a dia em sua residência e, de repente, foi acometida, subitamente, com a morte, sem testemunhas que descrevessem como e porque se deu a passagem. Sem explicações”, aponta a defesa de Gabriel.

O advogado do filho da cantora ainda argumenta que a atuação de Wilma no momento da morte levanta suspeitas, especialmente por ter proibido qualquer autópsia que fornecesse mais informações sobre o ocorrido.

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Augusto de Sousa
Augusto de Sousa, 31 anos. É formado em jornalismo e atua como repórter do DCM desde de 2023. Andreense, apaixonado por futebol, frequentador assíduo de estádios e tem sempre um trocadilho de qualidade duvidosa na ponta da língua.