Publicitário suspeito de financiar 8/1 é alvo da Operação Lesa Pátria em SP

Atualizado em 16 de abril de 2024 às 13:31
Rafael Moreno, alvo da Operação Lesa Pátria. Foto: reprodução

Nesta terça-feira (16), a Polícia Federal deflagrou a operação Lesa Pátria, cumprindo 18 mandados de busca e apreensão em oito estados do Brasil, incluindo São Paulo. Um dos alvos é o publicitário bolsonarista Rafael Moreno, suspeito de financiar os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.

Moreno, citado no relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigava os atos golpistas, é apontado como responsável por arrecadar mais de R$ 60 mil por meio de um site de financiamento coletivo. Ele também foi alvo de busca e apreensão em maio de 2020, no inquérito das fake news, por supostamente produzir informações falsas e ameaçar o Supremo Tribunal Federal (STF).

Nas redes, o bolsonarista publicou uma selfie dizendo que foi acordado às 6 horas, e afirmou que após quatro anos recebeu a Polícia Federal em sua casa novamente, questionando até quando seria “perseguido”. Ao negar sua participação nos atos golpistas de 8 de janeiro, Moreno afirmou que não participou e sequer financiou a ida de seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a Brasília.

Os valores que arrecadei, ajudei a comprar alimentos, remédios, barracas, colchões, aluguel de tendas, entre outras coisas, exclusivamente para o acampamento em frente aos quartéis“, confessou.

A ação da PF, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, investiga crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa e incitação ao crime. A operação já teve como alvo diversos perfis, incluindo deputados estaduais, vereadores, empresários, militares e influenciadores digitais desde janeiro de 2023.

Os mandados cumpridos hoje também incluem a indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados. Segundo a PF, os danos ao patrimônio público podem chegar a R$ 40 milhões.

Ao todo, foram cumpridos 18 mandados judiciais de busca e apreensão relacionados aos financiadores e organizadores dos atos antidemocráticos. Os mandados foram distribuídos da seguinte maneira: Rio Grande do Norte (1); Santa Catarina (1); Pará (4); São Paulo (1); Minas Gerais (3); Espírito Santo (4); Tocantins (1) e Mato Grosso do Sul (3).

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