
O embaixador de Israel na Organização das Nações Unidas (ONU), Gilad Erdan, triturou nesta sexta-feira (10) uma cópia da Carta das Nações Unidas durante a votação de uma resolução pró-Palestina na Assembleia Geral.
O “protesto” ocorreu após o plenário da organização aprovar um pedido de reconhecimento da Palestina como Estado soberano. A resolução, apresentada pelos Emirados Árabes Unidos, recebeu 143 votos a favor e 9 contra – houve 25 abstenções.
Os países que votaram contra foram: Estados Unidos, Israel, Argentina, Hungria, Nauru, Palau, Micronésia, República Tcheca e Papua-Nova Guiné.
“Vocês estão triturando a Carta das Nações Unidas com as suas próprias mãos, vocês deveriam se envergonhar”, disse o embaixador enquanto triturava o documento de 1945, que defende os direitos humanos e a manutenção da paz.
Em uma metáfora precisa do nível de respeito do governo de Israel com o Direito Internacional, o representante permanente de ?? nas Nações Unidas achou de bom tom triturar uma versão de bolso da Carta da ONU diante da Assembleia Geral ? pic.twitter.com/LNTWoPalnU https://t.co/ifLExRplAd
— Jeff Nascimento (@jnascim) May 10, 2024
Antes, em seu discurso, Erdan lembrou que a ONU foi criada em resposta aos ataques de Adolf Hitler contra o povo judeu.
Segundo o embaixador, a organização estaria revertendo este ato e autorizando a criação de um “estado terrorista da Palestina”, liderado pelo “Hitler de nossos tempos”.