
Luciano Hang, o proprietário da Havan, expressou preocupação com a devastação causada pelas recentes cheias no Rio Grande do Sul. Após a publicação de uma fotografia da réplica da Estátua da Liberdade, símbolo da rede, diante das inundações em Lajeado (RS), Hang relatou ter recebido inúmeras mensagens de amigos.
A imagem destacou a magnitude da destruição no estado, mas Hang enfatiza que é difícil transmitir com precisão a extensão do que está acontecendo. “Não foi uma enchente, foi um tsunami, uma devastação. Tudo por onde passou essa água foi derrubado. É uma coisa que não dá para descrever”, disse o empresário.
O prejuízo da Havan está estimado em R$ 30 milhões, porém, Hang considera esse valor pequeno se comparado ao impacto sofrido por aqueles que perderam suas casas. Como parte do plano de contingência da empresa, Hang anunciou a antecipação do décimo terceiro salário e a participação nos resultados para os funcionários atingidos pela tragédia.

Embora tenha se tornado um ícone da polarização política desde a eleição de 2018, Hang pede pacificação diante da tragédia. Ele observa esforços conjuntos de todos os governos para lidar com a situação. “Neste momento, não devemos polarizar uma catástrofe como esta”, afirmou.
Entretanto, a tragédia tem sido utilizada nas redes sociais como munição contra o governo, superando, em alguns momentos, as postagens sobre doações e Pix para ajudar as vítimas. Hang também foi alvo de fake news, com falsas informações circulando sobre a Havan e seu apoio aos esforços de socorro.
“O governo estadual, municipal e federal estão juntos nessa. Não precisamos dividir nem comparar quem está fazendo mais, quem chegou primeiro. Isso não importa. O que importa é que todos estão querendo fazer o melhor”, destacou Hang.
Vale ressaltar que Hang e sua empresa, a Havan, foram condenados pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) a pagar R$ 85 milhões por danos morais individuais e coletivos. A condenação foi resultado de uma ação que acusou a empresa de assédio eleitoral, por coagir funcionários na véspera das eleições de outubro de 2018.
De acordo com a ação do MPT, na véspera das eleições de 2018, Hang convocou reuniões com os funcionários de suas lojas para questionar seus votos, sugerindo que “dependendo do resultado presidencial, poderia demitir 15 mil pessoas”.
A sentença foi proferida pelo juiz Carlos Alberto Pereira de Castro, da 7ª Vara do Trabalho de Florianópolis, em primeira instância.