Quaest: 31% dos brasileiros já receberam fake news sobre as enchentes no RS

Atualizado em 12 de maio de 2024 às 6:33
Governo prepara ataque às fake news sobre as enchentes no RS. Reprodução BdF

Pesquisa realizada pela Quaest aponta que cerca de 31% admitiram ter sido expostos a informações falsas sobre a tragédia no Rio Grande do Sul, enquanto 69% negaram tal situação. Com informações de Lauro Jardim, no Globo.

Apesar disso, desconsiderando aqueles que negaram, mas não conseguiram identificar a desinformação, a proporção daqueles que confirmaram a exposição a notícias falsas é significativa, atingindo aproximadamente um terço.

Posteriormente, o instituto indagou aos que admitiram ter recebido notícias falsas sobre a fonte dessas informações: a maioria apontou que essas notícias foram compartilhadas por “conhecidos em grupos de WhatsApp” (35%) e “amigos” (24%).

Em menor proporção, foram citados “políticos” (11%), “colegas de trabalho” (11%) e “parentes, como primos, tios, ou avós” (10%).

 

Jorge Messias, advogado -geral da União, com os representantes das big techs. Divulgação AGU

Governo prepara ataque às fake news

Nesta sexta-feira, 10, o governo federal estabeleceu uma sala de controle com o propósito de debater uma estratégia coletiva para combater a propagação de notícias falsas sobre as enchentes no Rio Grande do Sul nas plataformas online, contando com o respaldo da Advocacia-Geral da União (AGU).

Há uma preocupação governamental de que informações incorretas possam prejudicar as operações dos diversos órgãos públicos envolvidos no resgate e assistência ao estado.

Participaram da reunião representantes de diversas plataformas, incluindo Google, YouTube, TikTok, Meta (Facebook, Instagram e WhatsApp), Kwai, Linkedin, Spotify e Kuaishou Technology, além de membros da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e da Polícia Federal (PF).

Foram apresentadas algumas propostas, como a criação de um canal direto de comunicação entre o governo e as plataformas e a identificação de publicações que disseminem desinformação.

Espera-se que, até o início da próxima semana, as grandes empresas de tecnologia se posicionem sobre as sugestões apresentadas e possam propor alternativas adicionais para combater a disseminação de desinformação.

Inicialmente, o grupo optou por adotar a abordagem da Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia (PNDD), um órgão da AGU encarregado de defender extrajudicial e judicialmente a União contra notícias falsas que afetam a execução das políticas públicas, como a unidade central de atuação preventiva.

Quando uma notícia falsa for identificada, a AGU planeja solicitar às plataformas que removam o conteúdo considerado falso, utilizando seus próprios algoritmos e termos de serviço internos.

Para isso, em colaboração com agências de verificação de fatos e jornalistas, o conteúdo será classificado como verdadeiro ou falso. As plataformas terão um prazo de 12 horas para tomar medidas.

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