
O governo britânico emitiu um alerta à Netflix sobre possíveis implicações da minissérie “Bebê Rena” à luz de um projeto de lei que visa monitorar e garantir a privacidade de indivíduos reais retratados em produções de plataformas de streaming.
A série é supostamente baseada na experiência pessoal de Richard Gadd, que alega ter sido vítima de perseguição e assédio por parte de uma mulher ficcionalmente chamada de Martha Scott.
Com o sucesso da série, surgiram especulações de que a advogada escocesa Fiona Harvey teria inspirado a personagem antagonista.
Harvey admitiu ser a suposta inspiração para a “Martha” da vida real, porém negou as acusações de perseguição feitas por Gadd, afirmando que a série contém várias inverdades.

Um porta-voz do governo britânico informou ao site Deadline que as emissoras do Reino Unido estão sujeitas a regras destinadas a proteger não apenas o público, mas também colaboradores e outras pessoas envolvidas nas produções. A intenção é que essas mesmas regulamentações se estendam às plataformas de streaming.
Consequentemente, a Netflix poderia enfrentar possíveis ações judiciais movidas por Harvey, alegando violação de privacidade após o lançamento de “Bebê Rena”, conforme destacado por um especialista em regulação de mídia consultado pelo Deadline.
Até o momento, a Netflix não se pronunciou sobre o assunto.
O projeto de lei ainda está em fase de avaliação pelo governo britânico e não deverá ser concluído antes do próximo ano.
No Brasil, “Bebê Rena” despertou grande interesse nas últimas semanas, tornando-se a série mais assistida na Netflix do país, com sete episódios que capturaram a atenção do público.