Fernando Sastre de Andrade Filho, dono do Porsche que atingiu o Sandero do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana e o matou, foi filmado visivelmente alterado dentro do veículo de luxo, momentos antes da colisão fatal ocorrida em 31 de março na Zona Leste de São Paulo.
No vídeo, obtido pelo G1, o herdeiro é ouvido dizendo “vamos jogar sinuca” com voz pastosa para a namorada e um casal de amigos, após sair de uma casa de pôquer.
Fernando está atualmente sob custódia da Justiça por homicídio doloso e lesão corporal grave. O acidente também causou ferimentos graves em seu amigo, Marcus Vinicius Machado Rocha.
A colisão aconteceu quando o Porsche conduzido por Fernando colidiu com o veículo de Ornaldo da Silva Viana a 114 km/h em uma via onde o limite de velocidade é de 50 km/h. Perícias apontam que Sastre chegou a conduzir o carro a mais de 150 km/h naquela noite.
A namorada de Fernando, Giovanna Pinheiro da Silva, e Juliana de Toledo Simões, namorada do amigo ferido, também aparecem na gravação. Após a recusa da namorada em acompanhar Fernando no carro, ele é visto dirigindo sozinho.
Fernando Sastre Filho conhecido como assassino do Porsche, em vídeo momentos antes do acidente.
Eu não tinha dúvida. pic.twitter.com/7Ga1sD06kD
— LÚCIFER (@Belzebu___666) May 14, 2024
O vídeo, que faz parte do processo de investigação do caso, mostra Fernando conversando com seus amigos, indicando que eles iriam jogar sinuca.
As imagens ajudam a esclarecer os eventos que antecederam o acidente e complementam outras evidências coletadas pela investigação. Depoimentos indicam que o grupo havia consumido bebidas alcoólicas antes do acidente, embora Fernando tenha negado ter bebido quando entrevistado pela imprensa.
O vídeo também destaca a recusa de Fernando em permitir que sua namorada o acompanhasse no carro, sugerindo preocupações sobre sua condição de dirigir.
Fernando está detido desde 6 de maio e foi transferido para uma prisão em Tremembé, interior de São Paulo, após se entregar à polícia.
A Justiça determinou sua prisão preventiva devido à gravidade dos crimes cometidos. A reportagem tentou contatar as partes envolvidas para comentar sobre o novo vídeo, mas não obteve resposta até o momento. O caso continua sob investigação das autoridades competentes.