O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) interrompeu o julgamento da ação que pode cassar o mandato do senador Sergio Moro (União-PR). A análise da ação teve início nesta quinta (16) e a sessão foi suspensa logo após a leitura do relatório.
O julgamento foi interrompido por conta do horário, já que há uma sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) agendada para 14h desta quinta. A análise do caso de Moro será retomada na próxima terça (21), às 19h, quando o relator do processo, ministro Floriano de Azevedo Marques, deve apresentar seu voto.
Na data, o Ministério Público Eleitoral (MPE) dará seu parecer e os advogados da acusação e da defesa vão fazer suas sustentações orais.
O caso é julgado no TSE a menos de três semanas da saída de Alexandre de Moraes, que presidente a corte desde 2022. A ministra Cármen Lúcia será sua sucessora e vai assumir o posto no dia 3 de junho.
Moro é alvo de ações do PT e do PL, que pedem sua cassação por abuso de poder econômico, uso indevido dos meios de comunicação e caixa 2 nas eleições de 2022. Em abril, o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) rejeitou as acusações por 5 votos a 2.
As siglas argumentam que o ex-juiz usou verba de sua pré-campanha à Presidência pelo Podemos durante a disputa por vaga no Senado Federal pelo União Brasil. Após a absolvição de Moro no TRE, o PT e o PL recorreram ao TSE, que pediu uma manifestação do MPE sobre o caso.
Caso seja condenado pelo TSE, Moro terá seu mandato cassado e será convocada uma eleição suplementar no Paraná para o Senado. Ele ainda ficaria inelegível por oito anos, incapaz de se candidatar até 2030, já que a pena é aplicada a partir do período da disputa que gerou a sentença.