
O Ministério Público Federal (MPF) lançou luz sobre um caso ocorrido em 1969, revelando que um erro na operação destinada a eliminar o guerrilheiro Carlos Marighella resultou na morte de Friedrich Adolf Rohmann, um veterano alemão. Rohmann, então protético e ex-membro do exército alemão na Segunda Guerra Mundial, teria sido confundido e baleado ao atravessar um bloqueio montado na alameda Casa Branca, em São Paulo.
A noite de 4 de novembro de 1969, por volta das 20h, testemunhou o desenrolar de um evento que mudaria a vida de Rohmann e de outros presentes. Enquanto seguia em seu Buick preto em direção à Avenida Paulista, Rohmann deparou-se com o bloqueio, que havia sido montado pela operação encarregada de eliminar Marighella momentos antes. Ao avançar, ele foi alvejado e morreu na hora.

Investigação do MP
A investigação revelou que os participantes da operação presumiram erroneamente que o veículo de Rohmann poderia estar associado à segurança da Aliança Nacional Libertadora (ALN), liderada por Marighella, que travava uma luta armada contra a ditadura vigente no Brasil.
O erro, além de tirar a vida de um inocente também acabou ferindo outros indivíduos presentes, como uma investigadora e um delegado.
Sobre o fato de Rohmann ter furado o bloqueio que resultou em sua morte, os investigadores concluíram que o veterano poderia estar sofrendo de traumas de guerra, o que poderia ter contribuído para sua decisão.
Além da conclusão sobre o erro na morte de Friedrich, o MPF denunciou cinco ex-agentes da ditadura em relação à morte de Marighella.
A investigação apontou para a acusação de quatro agentes por homicídio doloso, todos vinculados ao Departamento de Ordem Política e Social de São Paulo. Além disso, um perito também foi denunciado por falsidade ideológica.
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