SP: metade dos paulistanos afirma que segurança pública piorou, diz pesquisa

Atualizado em 20 de maio de 2024 às 7:30
O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite. Foto: reprodução

Metade dos moradores de São Paulo acredita que a segurança no Centro da cidade piorou nos últimos dois meses, de acordo com uma pesquisa do Instituto Travessia realizada para o Globo com foco nas eleições da capital paulista.

Apenas 10% notaram alguma melhora na região, enquanto 35% afirmam que a situação permaneceu igual durante esse período. A percepção de declínio na segurança é maior entre os residentes do Centro, com 55% relatando uma piora desde março.

Dados oficiais da Secretaria da Segurança Pública (SSP) mostram que o número de roubos caiu 6,7% em 2023 na capital, enquanto os furtos aumentaram 6,53%. No ano passado, a cidade registrou mais de 380 mil crimes dessa natureza.

A sensação de insegurança foi intensificada pelo modus operandi violento do crime, especialmente pelas gangues “quebra-vidro”, que aumentou a preocupação dos paulistanos.

Uma das respostas do poder público foi a adoção de fuzis pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) a partir de 2021, medida implementada pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição. A medida é apoiada por 48% dos moradores, enquanto 45% se opõem e 7% não opinaram.

Além da segurança, a pesquisa do Instituto Travessia revelou uma impressão negativa dos paulistanos sobre a Cracolândia: oito em cada dez moradores percebem um crescimento da região nos últimos 12 meses.

Agentes da Polícia Civil atuam durante a Operação Caronte contra o tráfico de drogas na Cracolândia, na região central da capital.
Cracolândia, na região central da capital paulista. Foto: WERTHER SANTANA

Ao lançar sua pré-campanha, o deputado Guilherme Boulos (PSOL) criticou Nunes, afirmando que seu legado foi “espalhar a Cracolândia pelo Centro inteiro”. A deputada Tabata Amaral (PSB), outra pré-candidata, declarou ao Globo que não há “resposta fácil” para a região e defendeu um “trabalho ostensivo”, sem dar detalhes.

Há divergências entre os paulistanos sobre quem deve resolver a questão da Cracolândia. Quase metade (44%) atribui essa responsabilidade à prefeitura, enquanto outros apontam os governos estadual (23%) e federal (26%) como responsáveis.

Em relação à orientação política, a pesquisa revelou que 23% da população se identifica como de “direita”, 17% como de “centro” e 12% como de “esquerda”. A maioria (40%) não está alinhada a nenhum dos lados do espectro político.

Apoio às políticas públicas para a comunidade LGBTQIAP+ é expresso por 52% dos paulistanos, enquanto 14% são contra e 34% não têm opinião.

Já a privatização da Sabesp, defendida pelo governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), é apoiada por 43% dos moradores da capital e rejeitada por 48%. A maioria (55%) acredita que a conta de água vai aumentar após a venda da companhia, enquanto 20% esperam uma redução, conforme prometido pelo governo.

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