
O governo do Rio Grande do Sul, liderado por Eduardo Leite (PSDB), destinou R$ 7,6 milhões à Defesa Civil na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024, representando apenas 0,009% da receita total do estado projetada na LDO. O orçamento foi aprovado pela Assembleia Legislativa em novembro de 2023.
De acordo com cálculos de uma ONG ambiental, o valor destinado à Defesa Civil do RS equivale a R$ 0,70 por habitante, caindo para R$ 0,47 per capita quando considerados os recursos para prevenção, resposta, emergência e reconstrução.
Por exigência legal, cabe à Defesa Civil desenvolver ações preventivas e “promover a identificação e avaliação das ameaças, suscetibilidades e vulnerabilidades a desastres, para evitar ou reduzir sua ocorrência”, conforme informações do Matinal News.

Desde pelo menos 2015, já se sabia que o RS enfrentaria um aumento de 15% no índice pluviométrico, tornando-se mais suscetível a fenômenos climáticos extremos devido à sua posição geográfica.
Vale destacar que menos de 15% das cidades do Rio Grande do Sul mapearam suas áreas de risco, de acordo com o Serviço Geológico Brasileiro. Porto Alegre é uma dessas cidades.
Além disso, uma pesquisa apresentada há pouco mais de um ano indicou que cerca de 84,4 mil habitantes de Porto Alegre vivem em áreas de risco, segundo dados da prefeitura. O número de áreas de risco na cidade praticamente dobrou em dez anos.