Afastada da Lava Jato, Gabriela Hardt tem pendências no CNJ e STF

Atualizado em 27 de maio de 2024 às 10:28
A juíza federal Gabriela Hardt, que atuou na Operação Lava Jato, durante palestra em Curitiba (PR). Foto: reprodução

A juíza federal Gabriela Hardt enfrenta um processo administrativo disciplinar no Conselho Nacional de Justiça e é citada em petições no STF (Supremo Tribunal Federal), além de um segundo procedimento disciplinar no CNJ, ambos baseados em reclamações feitas pelo ex-deputado estadual do Paraná Tony Garcia. Com informações da Folha de S.Paulo.

As petições no STF, sob a relatoria do ministro Dias Toffoli, representam uma etapa preliminar antes da possível abertura de um inquérito ou adoção de medidas, inclusive criminais. Embora sob sigilo, fontes indicam que as ações têm como base os relatos feitos por Garcia.

Segundo o ex-deputado, ele teria atuado como agente infiltrado de procuradores e do ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União-PR), com a missão de gravar ilegalmente o ex-governador Beto Richa e outras autoridades.

Garcia apresentou uma reclamação disciplinar contra Hardt no CNJ, alegando que informou à juíza sobre as ilegalidades em 2021 e que ela não tomou as devidas providências. Em novembro de 2022, Hardt decidiu rescindir o antigo acordo de delação dele, após um pedido do MPF (Ministério Público Federal) feito em 2018.

Vale destacar que o relato teria sido feito durante uma audiência em 2021 e o conteúdo foi enviado ao STF apenas em abril de 2023, por decisão do juiz Eduardo Appio, afastado da 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba.

Corregedor decide afastar Gabriela Hardt e mais três por irregularidades na Lava Jato – Noticias R7
Juíza federal Gabriela Hardt. Foto: reprodução

Em um depoimento concedido ao juiz Octávio Costa, da Corregedoria Nacional de Justiça, em maio de 2023, ela admitiu possíveis erros em um dos casos da operação durante sua gestão na TRF-4.

De acordo com informações do jornal O Globo, ela expressou que “seria melhor para a Justiça” se não estivesse à frente de certos processos devido à controvérsia gerada por seu nome:

“Não temo nada (em relação à correição), porque tenho convicção que posso ter errado até no caso do Tacla Duran (…). Mas, assim, se eu errei, não foi culposo. Foi por excesso de trabalho, por equívoco, e é isso. Entendo que seria melhor para a Justiça se eu não estivesse nesses processos. Pela polêmica que causa o meu nome”.

As declarações de Hardt foram parte de uma investigação interna conduzida pela CNJ sob o comando de Luis Felipe Salomão. Salomão posteriormente a afastou de suas funções, alegando irregularidades em sua atuação, juntamente com outros três colegas magistrados.

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