
A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou uma denúncia contra o coronel da reserva José lacídio Matias dos Santos, que atuou como assessor no Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no governo de Jair Bolsonaro (PL), por crimes relacionados aos atos golpistas de 8 de janeiro.
José Placídio é acusado de ofender e ameaçar o então ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e de pedir um golpe de Estado através das redes sociais. O processo tramita em sigilo no Supremo Tribunal Federal (STF).

Em uma postagem direcionada ao então comandante do Exército, general Júlio César de Arruda, ele escreveu: “General Arruda, o Brasil e o Exército esperam que o senhor cumpra o seu dever de não se submeter às ordens do maior ladrão da história da humanidade. O senhor sempre teve e tem o meu respeito. FORÇA!!”.
Além disso, o coronel da reserva pediu a insubordinação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e conclamou as Forças Armadas a atuarem.


“Brasília está agitada com a ação dos patriotas. Excelente oportunidade para as FA entrarem no jogo, desta vez do lado certo. Onde estão os briosos coronéis com a tropa na mão?”, disse José Placídio no X (antigo Twitter).
No dia seguinte, ele alegou que havia “esquerdistas baderneiros infiltrados” nos atos antidemocráticos, tentando justificar os eventos violentos. “Não sei o que vai acontecer, ninguém sabe ao certo. O que temos de evidente é que o povo ordeiro e patriota, o que não inclui os esquerdistas baderneiros infiltrados, jamais aceitará a usurpação de poder levada a cabo pelo sistemão”, afirmou.