Zelensky ataca Brasil e China e diz que não somos “civilizados”

Atualizado em 17 de junho de 2024 às 7:18
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Foto: reprodução

Neste domingo (16), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, criticou o Brasil e a China no contexto da invasão russa em seu país. O líder ucraniano afirmou que não somos “civilizados”.

Zelensky aproveitou a conferência sobre a guerra iniciada por Vladimir Putin em 2022, realizada na Suíça, para alfinetar o governo brasileiro, que enviou apenas sua embaixadora ao país alpino como observadora do evento.

“Assim que o Brasil e a China aderirem ao princípios de todos nós aqui, países civilizados, ficaremos felizes em ouvir suas opiniões, mesmo que elas não coincidam com a da maioria do mundo”, afirmou Zelensky em entrevista coletiva.

Antes da reunião, chineses e brasileiros haviam concordado em propor conjuntamente uma cúpula que envolvesse tanto ucranianos quanto russos, visto que o conflito não é unilateral. Mesmo assim, o Itamaraty enviou a embaixadora em um gesto de boa vontade.

Nobody is going to forbid Brazil to improve its | Internacional
Lula e Xi Jinping em Pequim, na China. Foto: Ken Ishii / AFP

A China, por sua vez, não enviou nenhum representante para o evento. O regime de Pequim, principal aliado de Putin, é acusado pelo Ocidente de ajudar a indústria militar russa com a exportação de material de uso dual civil e bélico, além de manter laços econômicos com o país invasor.

Vale destacar que não é a primeira vez que Zelensky se queixa do governo petista. Ainda durante a campanha eleitoral de 2022, Lula irritou Kiev ao dizer que os ucranianos eram tão responsáveis pela guerra quanto os russos.

Posteriormente, Lula adotou um discurso mais equidistante, mas a manutenção dos bons laços com a Rússia, principal fornecedor de óleo diesel do Brasil e dominadora do mercado de fertilizantes, essenciais para o agronegócio, prejudicou sua imagem de neutralidade.

Diplomatas reconhecem a necessidade de denunciar a guerra, como o Brasil fez ao condenar a invasão em duas votações na ONU. No entanto, afirmam que a postura considerada arrogante de Zelensky e sua inflexibilidade, alimentada pelo apoio ocidental, dificultam o diálogo.

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