Empresário foge da polícia e apaga redes sociais após atirar em carro de casal

Atualizado em 17 de junho de 2024 às 16:39
Motorista atirando após suposta colisão. Foto: reprodução

Após ser filmado atirando no carro de um casal na rodovia Castello Branco, em Boituva, no interior de São Paulo, na última sexta-feira (14), Adriano Domingues da Costa está sendo procurado pela polícia por ser acusado de tentativa de homicídio. O empresário, que apagou seus perfis nas redes sociais, também teve um mandado de prisão temporária expedido e é considerado foragido da Justiça.

Por meio de seu advogado, ele afirmou que só efetuou os disparos ao perceber que o carro da vítima era blindado e que o outro homem também estava armado. Na ocasião, Adriano teria se revoltado após supostamente tomar uma “fechada” na estrada. O advogado Luiz Carlos Valsecchi foi entrevistado pelo Metrópoles e contou que “ele parou e foi assustar o cara mesmo”.

“‘Se você continuar te perseguindo, vou te matar. Quase me tirou da estrada, seu débil mental’. Provavelmente deve ter sido isso que ele falou, eu imagino”, disse o advogado, que ainda argumentou que a vítima teria batido no carro de Adriano propositalmente.

Valsecchi explicou que antes dos disparos de arma de fogo, o atirador teria sido jogado para fora da pista e que o motorista do outro veículo estava armado. Na entrevista, advogado argumentou que, se estivesse no lugar de seu cliente, teria usado a arma: “Se fosse eu, também dava [os tiros]. Se fosse você, também dava”.

O advogado também contou que a confusão começou por causa de uma ultrapassagem negada pelo homem do outro carro. “Você está na estrada e tem um cara na pista da esquerda. E ele não te dá passagem. Aí você desiste de tentar passar pela esquerda, para não arrumar confusão, e vai passar pela direita. Aí você começa acelerar pela direita, ele acelera também. Você diminui para voltar para a esquerda, ele diminui também. Em certo momento, ele bateu no carro do meu cliente, jogou meu cliente para fora da pista”, afirmou.

“A partir daí começou um abre janela, ‘seu filho disso’, ‘seu filho daquilo’. O cara mostrou uma arma para ele. Confusão para cá, confusão para lá. O meu cliente nem viu essa arma. Quem viu foi um parente que estava no carro”, complementou.

Valsecchi também argumentou que Adriano não pode responder por homicídio, por se tratar de um crime impossível, ou seja, ele considera que seria impossível os passageiros de um veículo blindado morrer pelos disparos do empresário.

“Não tem crime de homicídio, isso não existe Ele dá uma coronhada no vidro lateral. E, mesmo assim, ele continuou perseguindo. Quando ele dá a coronhada, com o vidro abaixado, o vidro dá uma trincada. Você sabe quando é blindado. Você bate a mão e parece uma parede. Mas ainda que ele não soubesse da blindagem, seria um crime impossível”, finalizou.

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