PT se mobiliza contra Campos Neto: Gleisi entra na Justiça e Tatto sugere renúncia

Atualizado em 18 de junho de 2024 às 22:17
Roberto Campos Neto de óculos, falando com o braço estendido, sério, sem olhar para a câmera
Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto – Reprodução/Agência Brasil

A crítica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, abriu caminho para que o PT amplie sua ofensiva. Gleisi Hoffmann, presidente do partido, protocolou uma ação popular na Justiça do Distrito Federal contra ele e planeja uma live com o presidente do IBGE, Marcio Pochmann, após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa básica de juros.

Jilmar Tatto, secretário de Comunicação do PT, pediu a saída antecipada de Campos Neto em declaração enviada ao Estadão: “Ele está politizando demais o Banco Central. Nós vamos para cima”.

O mercado financeiro espera que o Copom mantenha a Selic em 10,50%, o que está deixando a sigla insatisfeita. Membros do Partido dos Trabalhadores acusam o economista de provocar deliberadamente divisões no Copom, visando agora forçar uma unidade no colegiado.

Rui Falcão, ex-presidente do PT e deputado federal (SP), criticou Campos Neto por usar uma camiseta da seleção brasileira ao votar em 2022. “Ele é partidário, bolsonarista e um lambe-botas do Tarcísio”, declarou. A participação do presidente do BC em um jantar promovido por Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, também irritou Lula e seus aliados.

Na ação popular, Gleisi Hoffmann solicita que Campos Neto se “abstenha de fazer novos pronunciamentos de natureza político-partidárias” e que seja obrigado a manter a imparcialidade exigida ao cargo de presidente do Banco Central.

A presidente do PT também realizará uma live com Marcio Pochmann para falar sobre a atual política monetária, que estaria prejudicando a economia brasileira. Em outra frente, o partido tenta mobilizar o agronegócio, tradicionalmente associado ao bolsonarismo, contra Campos Neto.

“A manutenção dos juros altos prejudica a agricultura, porque com isso o governo precisa entrar com uma subvenção alta. Então, precisamos deixar claro como esses juros prejudicam o Plano Safra e os agricultores”, afirmou Bohn Gass, deputado federal (PT-RS).

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