Soraya Thronicke quer que intérprete de aborto no Senado encene um estupro

Atualizado em 18 de junho de 2024 às 22:50
Senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS). Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) criticou nesta terça-feira (18) o debate realizado no plenário do Senado sobre o aborto. A parlamentar desafiou a contadora de histórias, que encenou um feto na segunda-feira (17), a também encenar uma mulher sendo estuprada.

“Eu queria até o telefone, o contato daquela senhora que esteve aqui ontem, encenando aquilo que nós vimos. Sabe por quê? Porque eu quero ver ela encenando a filha, a neta, a mãe, a avó, a esposa de um parlamentar sendo estuprada”, disse a senadora.

“Eu quero que ela faça a encenação do estupro agora. Por que não? Se encenaram um homicídio aqui ontem, que encenem o estupro”, completou.

Thronicke afirmou que é contra o aborto, defendendo que a vida começa na concepção, mas destacou que o Estado é laico e que o aborto é legal no Brasil em três situações: em caso de estupro, de anencefalia fetal ou de risco de morte à gestante.

“A bancada feminina [do Senado] é a favor da vida e o aborto é proibido no nosso país, com três exceções dificílimas: o feto anencéfalo, risco de morte da mãe e o estupro. E não é obrigada a abortar quem foi estuprada e por acaso engravidou. Vai quem quer, de acordo com a sua fé, com a sua consciência. Por quê? Porque o Estado é laico”, declarou.

O Projeto de Lei 1904/24, conhecido como PL do antiaborto, equipara o aborto realizado após a 22ª semana de gestação ao crime de homicídio simples.

Durante a sessão organizada pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE), Nyedja Gennari encenou um feto gritando durante o procedimento de assistolia fetal. “Não! Quero continuar vivo”, gritou a contadora de histórias.

Chegamos ao Blue Sky, clique neste link
Siga nossa nova conta no X, clique neste link
Participe de nosso canal no WhatsApp, clique neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link