A rotina na cadeia do bolsonarista que destruiu relógio de Dom João VI no 8/1

Atualizado em 21 de junho de 2024 às 12:14
Momento em que Antônio Cláudio destrói o relógio de Dom João VI – Foto: Reprodução

Antônio Cláudio Alves Ferreira, conhecido por destruir o relógio histórico de Balthazar Martinot durante os ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023, está preso em uma cela de 6m² no Presídio Professor Jacy de Assis, em Uberlândia, interior de MG. Ele foi capturado em 23 de janeiro e levado à delegacia da Polícia Federal (PF) antes de ser transferido para o presídio no dia seguinte.

Mais de um ano após os ataques antidemocráticos, Antônio Cláudio permanece preso e enfrenta ação penal por cinco crimes, incluindo tentativa de golpe de estado.

Nesta sexta-feira (21), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou para condená-lo a 17 anos de prisão.

Situação atual e rotina no presídio

Atualmente, o terrorista está na Ala-F do Presídio Professor Jacy de Assis. Segundo fontes, ele é considerado de perfil “tranquilo” e segue cumprindo a pena normalmente. Vale ressaltar que por determinação do Supremo, ele ocupa uma cela individual de 6 metros quadrados em um setor especial.

O acusado recebe quatro refeições diárias e tem direito a banho de sol e visitas, benefícios garantidos a todos os detentos do local.

Crimes do investigado

Antônio Cláudio responde no Supremo por crimes como associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e dano qualificado com uso de substância inflamável contra o patrimônio da União.

No voto, Moraes destacou um “robusto conjunto probatório” contra Ferreira. O réu foi preso após ser flagrado em registros feitos dentro do Palácio do Planalto e no acampamento em frente ao QG do Exército, local onde se defendia intervenção militar, considerada inconstitucional.

Durante seu interrogatório à PF, ele admitiu ter danificado um vidro para entrar no Planalto. Também afirmou que, “em razão da reação dos órgãos de segurança, resolveu danificar o relógio histórico e rasgar uma poltrona, os quais estavam na parte interna do prédio, e, após, jogou um extintor nas câmeras”.

O relógio destruído por Antônio Cláudio

O relógio de pêndulo do século XVII foi um presente da Corte Francesa para Dom João VI. Balthazar Martinot era o relojoeiro do rei francês Luís XIV. Existem apenas dois relógios desse autor; o outro está exposto no Palácio de Versailles, na França, mas possui metade do tamanho da peça que foi destruída no Planalto.

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