33% concordam com governo de leis religiosas sem eleições, aponta pesquisa

Atualizado em 23 de junho de 2024 às 23:06
Homem reza por intervenção militar à frente do Congresso. Foto: Lucas Borges Teixeira

Um estudo conduzido pela Ipsos trouxe à tona perspectivas surpreendentes sobre o sistema político no Brasil. Conforme os resultados, 33% dos brasileiros acreditam que um sistema governamental baseado em leis religiosas, sem eleições ou partidos políticos, seria benéfico para o país.

Encomendada pelas entidades Earth4All e Global Commons Alliance, a pesquisa foi divulgada hoje, 23 de junho, coincidindo com os preparativos para as reuniões ministeriais do G20 em julho. Mil brasileiros com mais de 18 anos foram entrevistados para o estudo.

Embora 82% dos entrevistados no Brasil tenham indicado preferência pela democracia como o melhor sistema político, o apoio a um regime semelhante ao mencionado superou o suporte ao regime militar, obtendo 32% de aprovação.

A pesquisa também revelou um cenário global de baixa confiança nos governos, com apenas 39% dos entrevistados em 17 países do G20 acreditando que seus governos são capazes de tomar decisões benéficas para a maioria das pessoas. A confiança a longo prazo é ainda menor, com apenas 37% confiando que as decisões do governo beneficiarão a maioria em 20 ou 30 anos.

No Brasil, a taxa de confiança no governo é de 38%, superando países como África do Sul (25%), Canadá (33%), França (18%), Alemanha (29%) e Estados Unidos (39%).

Culto evangélico. Foto: Divulgação

O estudo destacou uma demanda significativa por reformas nos sistemas políticos e econômicos, tanto nacionalmente quanto globalmente. Nos 17 países do G20 analisados, 65% dos entrevistados acreditam que seus sistemas políticos precisam de mudanças substanciais (36%) ou reformas completas (29%).

No Brasil, 43% dos entrevistados defendem uma reforma completa do sistema político, enquanto 38% pedem mudanças significativas, percentuais que superam a média do G20.

A pesquisa também explorou as visões otimistas e pessimistas em relação ao futuro pessoal, nacional e global. Em média, 62% das pessoas nos 18 países do G20 estão otimistas em relação ao seu próprio futuro. No entanto, apenas 44% estão positivos em relação ao futuro de seu país, e 38% expressam otimismo em relação ao futuro global.

Participantes de economias emergentes como Brasil, Índia, China e Arábia Saudita apresentaram maior otimismo, enquanto países europeus e o Japão mostraram menos confiança em seus futuros.

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