Lula celebra libertação de Assange: “O mundo está um pouco melhor e menos injusto hoje”

Atualizado em 25 de junho de 2024 às 11:27

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi às redes sociais nesta terça-feira (25) para celebrar a libertação do jornalista Julian Assange, fundador do WikiLeaks, que deixou a prisão no Reino Unido e já embarcou rumo à Austrália, seu país natal.

“O mundo está um pouco melhor e menos injusto hoje. Julian Assange está livre depois de 1.901 dias preso. Sua libertação e retorno para casa, ainda que tardiamente, representam uma vitória democrática e da luta pela liberdade de imprensa”, escreveu Lula no X, antigo Twitter.

Segundo a agência de notícias AFP, Assange concordou em se declarar culpado em um tribunal dos Estados Unidos por revelar segredos militares. Este acordo foi feito em troca de sua liberdade, encerrando assim um longo drama legal. Ele estava detido há mais de cinco anos na capital do Reino Unido.

A agência de notícias informa que o jornalista comparecerá a um tribunal nas Ilhas Marianas do Norte, território dos Estados Unidos no Pacífico. Segundo o acordo, ele se declarará culpado de conspiração para obter e disseminar informações de defesa nacional.

Confira o comunicado publicado pelo WikiLeaks:

Julian Assange está livre. Ele deixou a prisão de segurança máxima de Belmarsh na manhã de 24 de junho, depois de ter passado 1.901 dias lá. Ele recebeu fiança do Supremo Tribunal de Londres e foi libertado no aeroporto de Stanstead durante a tarde, onde embarcou em um avião e partiu do Reino Unido.

Este é o resultado de uma campanha global que abrangeu organizadores de base, defensores da liberdade de imprensa, legisladores e líderes de todo o espectro político, até às Nações Unidas. Isto criou espaço para um longo período de negociações com o Departamento de Justiça dos EUA, conduzindo a um acordo que ainda não foi formalmente finalizado. Forneceremos mais informações o mais breve possível.

Depois de mais de cinco anos numa cela de 2×3 metros, isolado 23 horas por dia, ele em breve se reunirá com sua esposa Stella Assange e seus filhos, que só conheceram o pai atrás das grades.

O WikiLeaks publicou histórias inovadoras sobre corrupção governamental e violações dos direitos humanos, responsabilizando os poderosos pelas suas ações. Como editor-chefe, Julian pagou caro por esses princípios e pelo direito do povo de saber.

Ao regressar à Austrália, agradecemos a todos os que estiveram ao nosso lado, lutaram por nós e permaneceram totalmente empenhados na luta pela sua liberdade.

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