
Miguel Gutierrez, ex-CEO da Americanas, é considerado foragido pela Polícia Federal (PF) e terá seu nome incluído na lista dos mais procurados do mundo da Interpol. O executivo teve sua prisão preventiva decretada pela polícia em meio às investigações de fraude contábil de mais de R$ 25 bilhões na varejista.
Segundo o colunista Lauro Jardim, do Globo, Miguel Gutierrez fez movimentações financeiras que colocaram oito familiares seus na mira da PF. A corporação suspeita que o executivo possa ter cometido lavagem de dinheiro.
As investigações revelaram transferências de ativos, como imóveis e veículos, para empresas cujos sócios são parentes de Gutierrez. Entre os envolvidos estão sua esposa, seus três filhos, duas irmãs, um cunhado e uma sobrinha. Para mapeá-los, os policiais criaram uma de árvore genealógica.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), a movimentação dos bens ocorreu por meio de uma “intensa movimentação patrimonial” a partir de 2022. No primeiro semestre do ano passado, Gutierrez deixou de ser sócio das empresas envolvidas, coincidindo com a crise enfrentada pela Americanas.

As empresas mencionadas nas investigações incluem Sarmiento Consultores, da qual Gutierrez é sócio, além de Coroa Verde Participações, Sogepe Participações, Nazareth Participações, Tombruan Participações e Trombuan Corporation – esta última sediada em Nassau, nas Bahamas, um paraíso fiscal.
Embora seus parentes tenham sido incluídos nas transações, Miguel Gutierrez foi o único alvo de um pedido de prisão preventiva.