Direita é maior que esquerda em SP, mas petismo vence bolsonarismo, diz Datafolha

Atualizado em 11 de julho de 2024 às 7:31
Manifestações de esquerda e de direita na Paulista, em São Paulo. Foto: reprodução

Uma pesquisa do Datafolha, publicada na última quarta-feira (10), mostra que a cidade de São Paulo possui uma proporção maior de eleitores que se identificam como petistas em comparação aos bolsonaristas. Segundo o levantamento, 29% dos entrevistados se dizem próximos ao Partido dos Trabalhadores (PT), enquanto 17% se alinham com Jair Bolsonaro (PL). Porém, quando analisados os espectros ideológicos, 26% dos paulistanos se declaram de direita, em contraste com 20% que se situam à esquerda.

A pesquisa, realizada entre os dias 2 e 4 de julho com 1.092 eleitores e tem a margem de erro em três pontos percentuais, para mais ou para menos. Considerando os eleitores que se posicionam em segmentos mais moderados de cada polo, os percentuais chegam a 43% para os petistas e 25% para os bolsonaristas. Outros 6% afirmam não ser nem petistas nem bolsonaristas, enquanto 25% se dizem neutros e 1% não soube responder.

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No espectro ideológico, 24% dos entrevistados se identificam como centristas. Quando somados aos que se dizem de centro-direita, a direita alcança 36%, enquanto a esquerda, incluindo a centro-esquerda, totaliza 31%. Além disso, 9% dos entrevistados não souberam responder.

A pesquisa também comparou esses números com os de um levantamento anterior, realizado em maio, no qual 28% se declaravam de direita e 21% de esquerda. Naquela ocasião, somando os eleitores em espectros mais moderados, a direita chegava a 40% e a esquerda a 31%. Havia ainda 22% que se declaravam de centro e 8% que não sabiam.

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Em 2022, Lula venceu Bolsonaro na capital paulista no segundo turno com 53,54% dos votos contra 46,46%. Este resultado reflete a tendência observada na pesquisa atual, onde a identificação com o PT permanece forte.

Nas outras três cidades pesquisadas pelo Datafolha — Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Recife — a proporção de eleitores que se dizem de direita supera a daqueles que se veem à esquerda. No Rio de Janeiro, 26% se consideram de direita contra 19% de esquerda. Em Belo Horizonte, os números são 28% e 18%, respectivamente, e em Recife, 35% e 22%.

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Quando incluídos os eleitores de centro-direita, esses números aumentam para 36% no Rio de Janeiro, 42% em Belo Horizonte e 45% em Recife. Já a parcela de eleitores que se identifica com a esquerda é de 19% no Rio, 18% em Belo Horizonte e 22% em Recife. Os que se dizem centristas representam 20% em Recife, 23% em Belo Horizonte e 24% no Rio.

A identificação com o bolsonarismo varia de 18% em Recife a 24% em Belo Horizonte, ficando em 22% no Rio. Em Recife, a identificação com o PT é significativamente maior (43%), enquanto nas capitais do Sudeste há um empate técnico entre petistas e bolsonaristas.

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Considerando os eleitores que se declaram próximos aos dois polos, os números chegam a 52% para os petistas em Recife, 37% em Belo Horizonte e 39% no Rio de Janeiro. Do lado bolsonarista, são 29% tanto no Rio quanto em Belo Horizonte, e 23% em Recife.

Recife foi a única dessas três cidades onde Lula venceu Bolsonaro em 2022, com 56,3% dos votos contra 43,7%. As pesquisas Datafolha foram realizadas presencialmente, entrevistando 840 pessoas no Rio de Janeiro, 616 em Belo Horizonte e 616 em Recife, todas entre terça-feira (2) e quinta-feira (4) da semana passada.

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