“Gabinete do ódio”: Carlos Bolsonaro é investigado em espionagem ilegal da Abin paralela

Atualizado em 11 de julho de 2024 às 11:30
O vereador Carlos Bolsonaro (PL), alvo de investigação da PF. Foto: reprodução

O vereador Carlos Bolsonaro (PL) está sob investigação na Operação Última Milha devido ao seu envolvimento no uso do software espião FirstMile pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

Nesta quinta-feira (11), a Polícia Federal (PF) iniciou a quarta fase da operação, focando na “Abin paralela”. Durante a operação, foram presos dois agentes ligados diretamente a Alexandre Ramagem, deputado federal e pré-candidato do PL à Prefeitura do Rio de Janeiro, que também possui ligação com Carluxo.

A PF está cumprindo cinco mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão, emitidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, Curitiba, Juiz de Fora, Salvador e São Paulo.

Até agora, a operação resultou na prisão de Mateus de Carvalho Spósito, Richards Pozzer, Marcelo Araújo Bormevet e Giancarlo Gomes Rodrigues. Outros alvos incluem influenciadores digitais que atuavam no “gabinete do ódio”.

Vale destacar que Bormevet foi segurança de Bolsonaro na campanha de 2018 e foi nomeado por Ramagem para comandar o Centro de Inteligência Nacional (CIN) da Abin. Já Giancarlo Rodrigues era subordinado a Bormevet na Abin.

Fachada da Agência Brasileira de Inteligência, a Abin, em Brasília
Fachada da Agência Brasileira de Inteligência, a Abin, em Brasília. Foto: Reprodução/Abin

A investigação examina se servidores da Abin, lotados no Centro de Inteligência Nacional (CIN) — estabelecido por Bolsonaro em 2020 — utilizaram o software de geolocalização para criar relatórios sobre ministros do STF e adversários políticos do ex-capitão.

O objetivo da operação é desmantelar a “Abin paralela”, uma organização criminosa dedicada ao monitoramento ilegal de autoridades públicas e à criação de notícias falsas, utilizando sistemas da agência.

As investigações sugerem que membros dos três Poderes e jornalistas foram alvos das ações do grupo, que incluíam a criação de perfis falsos e a disseminação de informações falsas. A “Abin paralela” também acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos.

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