“Venezuela sob Maduro não é democracia”, diz Marina Silva

Atualizado em 31 de julho de 2024 às 19:24
A ministra Marina Silva, do Meio Ambiente – Foto: Reprodução

Marina Silva, atual ministra do Meio Ambiente, afirmou que o regime de Nicolás Maduro na Venezuela não é uma democracia e exigiu provas de transparência na eleição presidencial do país.

“Um regime democrático pressupõe que as eleições são livres, que os sistemas são transparentes, que não haja nenhuma forma de perseguição política ou tentativa de inviabilizar com que os diferentes segmentos da sociedade, que legitimamente têm o direito de pleitear, cheguem ao poder. Que não venham a sofrer qualquer tipo de constrangimento ou impedimento”, disse Marina na terça-feira (30) em entrevista à coluna de Guilherme Amado no Metrópoles.

Questionada se o regime de Maduro poderia ser considerado uma democracia, respondeu: “Na minha opinião pessoal, eu não falo pelo governo, não se configura como uma democracia. Muito pelo contrário. O Brasil está muito correto quando diz que quer ver o resultado eleitoral, os mapas, todas as comprovações de que de fato houve ali uma decisão soberana do povo venezuelano”.

A reeleição de Maduro no último domingo (27) tem sido contestada pela comunidade internacional, que exige a apresentação das atas de votação. O Brasil e outros países ainda não reconheceram o resultado e pedem documentos que comprovem a veracidade das eleições.

A oposição do país também se manifesta contrária ao resultado e declarou que o verdadeiro vencedor foi o oposicionista Edmundo Gonzalez.

Edmundo Gonzalez. – Foto: Reprodução

Elogio ao posicionamento brasileiro

A ministra elogiou o comunicado do Itamaraty, que, na segunda-feira (29), declarou que a apresentação das atas eleitorais era um “passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito”.

“Quando se trata de política externa, o governo está correto em buscar as cautelas necessárias. Mas a cobrança foi veemente. O fato de fazer essa cobrança é uma forma de colaborar com o fortalecimento da democracia no nosso continente, e de que a gente não tenha nenhum tipo de atitude que venha extrapolar esse princípio. Eu sempre trato a democracia, os direitos humanos, como um valor. E valores não podem ser relativizados”, afirmou a ministra.

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