
Nos bastidores, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estão mais preocupados com o impacto do inquérito da chamada “Abin paralela” do que com a investigação sobre os atos terroristas promovidos por bolsonaristas em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023, conforme informações do colunista Igor Gadelha, do Metrópoles.
Eles acreditam que o principal motivo para essa apreensão é o fato de que o caso da “Abin paralela” envolve autoridades como vítimas, o que pode resultar em uma pressão maior sobre o Supremo Tribunal Federal (STF) para aplicar punições mais rigorosas.
O esquema de espionagem ilegal monitorou parlamentares, ex-parlamentares e outros políticos com laços estreitos com alguns ministros do STF.
Para os bolsonaristas, a investigação sobre as invasões golpistas de 8 de janeiro é vista como menos preocupante, pois os principais danos foram materiais ou imateriais, como a democracia.

No caso das invasões, o ex-chefe do Executivo é investigado por possível incitação aos ataques às sedes dos Três Poderes, e seus aliados acreditam que sua presença nos Estados Unidos na época pode servir como um atenuante.
Vale destacar que o ex-capitão está sendo investigado em pelo menos outros três casos: tentativa de golpe de Estado, venda ilegal de joias recebidas da ditadura saudita e falsificação de certificados de vacinação contra a Covid-19.
Entre essas investigações, a que gera menos preocupação é a relativa às vacinas. Aliados de Bolsonaro apostam que a Procuradoria-Geral da República (PGR) não apresentará denúncia nesse caso.