O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulgará nesta quarta-feira (31) a nova decisão sobre a taxa de juros do Brasil, após o fechamento do mercado. Esta será a quinta reunião do Copom ao longo deste ano.
O mercado financeiro está aguardando que a taxa Selic seja mantida em 10,50% ao ano. “A expectativa de inflação não para de subir e, além disso, há uma pressão de desvalorização do real”, diz Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master.
A taxa de juros é usada como principal ferramenta para conter a inflação. Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a inflação desacelerou para 0,39% em junho, após ter registrado 0,44% em maio, conforme os dados divulgados na quarta-feira (26) pelo IBGE.
Esse resultado foi menor do que o esperado pelo mercado, que havia projetado uma variação de 0,44% para junho, segundo analistas consultados pela agência Bloomberg.
Entretanto, no acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA-15 subiu para 4,06%, em comparação com os 3,70% registrados até maio. Apesar dessa aceleração, a inflação brasileira ainda não figura entre as maiores do mundo, diferentemente dos juros.
Vale destacar que, atualmente, o Brasil ocupa a 12ª posição no ranking das maiores inflações entre os países do G20, de acordo com a Austin Rating.
Além disso, se a taxa Selic for mantida, o Brasil continuará como o segundo país com a maior taxa de juros no cenário global, segundo levantamento da MoneYou, que utilizou dados de junho e ajustou a inflação de cada país no cálculo.