O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), viu sua aprovação cair para 26% em uma nova pesquisa Datafolha, realizada um mês após alcançar sua melhor marca. De acordo com o levantamento, 22% dos paulistanos desaprovam sua gestão, enquanto 47% consideram sua administração regular.
Na pesquisa anterior, conduzida no início de julho, Nunes tinha 31% de aprovação, 43% de avaliação regular e 22% de desaprovação. Desde o começo do ano, a avaliação da gestão do político permanece estável, com variações dentro da margem de erro de três pontos percentuais.
O Datafolha também perguntou aos entrevistados se o prefeito fez mais ou menos do que o esperado. A maioria, 66%, respondeu que ele fez menos do que o esperado, enquanto apenas 8% afirmam que ele superou as expectativas. Para 19%, ele cumpriu o que se esperava dele.
Os números são semelhantes aos registrados em março deste ano, quando 64% disseram que ele fez menos, 9% mais, e 20% afirmaram que fez o esperado.
Em sua campanha de reeleição, Ricardo Nunes aparece com 23% de intenção de voto, tecnicamente empatado com Guilherme Boulos (PSOL), que tem 22%. José Luiz Datena (PSDB) e Pablo Marçal (PRTB) também estão empatados, com 14% cada.
O prefeito e sua equipe apostam nas realizações de sua gestão para atrair eleitores. A partir de 30 de agosto, Nunes contará com a maior fatia de propaganda no rádio e na TV. No entanto, desde 5 de agosto, ele está proibido de comparecer a inaugurações públicas devido à legislação eleitoral, o que limitou significativamente sua agenda pública.
Comparando com os oito prefeitos anteriores no mesmo período de mandato, Nunes lidera na avaliação regular, mas está abaixo da aprovação obtida por Gilberto Kassab (48% em 2009), Paulo Maluf (47% em 1995) e Bruno Covas (35% em 2020), de quem era vice.
Sua desaprovação, por outro lado, está entre as menores, similar à de Bruno Covas (21%) e acima de Kassab e Maluf (ambos com 17%). Quando Nunes assumiu a prefeitura, em abril de 2022, apenas 12% consideravam sua gestão ótima ou boa, enquanto 30% a avaliavam como ruim ou péssima. O índice de regular era de 46%.
A avaliação do político varia conforme o perfil social e as preferências políticas dos eleitores. Entre os que têm mais de 60 anos, sua aprovação é de 32%; entre os que possuem ensino fundamental, 35%; e entre os que recebem até dois salários mínimos, 32%. O índice é mais alto também entre evangélicos (33%), eleitores de Bolsonaro (42%) e aqueles que declaram voto no prefeito (60%).
Por outro lado, a aprovação cai entre jovens de 16 a 24 anos (12%), pessoas com ensino superior (20%), desempregados (21%), eleitores do PT (24%) e apoiadores de Boulos (8%).
A desaprovação de 22% é menor entre os que se declaram de direita (10%), os que têm ensino médio (16%) e aposentados (16%), pardos (18%), mulheres (23%), eleitores de Lula (30%), aqueles que recebem acima de cinco salários mínimos (34%) e os que votam em Boulos (49%).
Além disso, os eleitores de São Paulo deram notas, de 0 a 10, para os serviços públicos em seus bairros. A coleta de lixo domiciliar foi a mais bem avaliada, com média de 7,7. Em seguida, vieram transporte coletivo (7), quantidade de escolas públicas (6,8), iluminação (6,8) e quantidade de postos de saúde (6,1).
A pesquisa Datafolha entrevistou 1.092 moradores de São Paulo com 16 anos ou mais nos dias 6 e 7 de agosto. O levantamento foi registrado no TSE sob o número SP-03279/2024.