
Na sessão desta quinta-feira (29) no Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente da corte, Luís Roberto Barroso, e o ministro Dias Toffoli protagonizaram um desentendimento enquanto discutiam a estrutura da Justiça de São Paulo e a implementação do juiz de garantias. Esse modelo prevê que o julgamento de casos criminais seja dividido entre dois juízes, sendo um responsável pela instrução do processo e outro pela sentença.
Toffoli, relator do processo, participou da sessão de maneira remota e, em determinado momento, houve um conflito de palavras entre ele e Barroso sobre quem teria prioridade na fala. “Eu sou o relator, me mantenha a palavra”, afirmou Toffoli. Barroso, em resposta, destacou: “O presidente está falando”.
O julgamento foi retomado com o voto do ministro Luiz Fux, que havia solicitado vista em março de 2023. Durante o debate, os ministros não chegaram a um consenso, levando Toffoli a sugerir o adiamento da decisão. Barroso, embora prefira concluir julgamentos em vez de adiá-los, concordou com o pedido do relator após resumir os pontos discutidos.
Durante a fala de Toffoli, destacando que já havia apresentado um voto claro, a transmissão da videochamada foi interrompida. Em um tom descontraído, Barroso comentou: “Não fui eu”.