
O deputado federal e candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), chamou a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) de “medíocre” nesta segunda-feira (09).
Boulos afirmou que era possível ter feito mais com o orçamento disponível e apontou suspeitas de irregularidades na administração de Nunes, referindo-se a contratos sem licitação no valor de R$ 50 milhões.
“Não se gaste 4 bilhões de reais em obras sem licitação, de maneira suspeita, contratando compadre, se o Ricardo Nunes tivesse um mínimo de transparência e capacidade de fazer um bom uso do recurso público, daria para ter feito muito mais nos últimos quatro anos”, disse Boulos durante a sabatina promovida pela Folha de S.Paulo e pelo UOL.
“Como eu vou fazer um processo de transparência, vou enfrentar os esquemas de corrupção que ele montou na prefeitura de São Paulo”, prosseguiu.

O parlamentar também criticou o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) por tentar barrar sua proposta de usar a marca Poupatempo em um novo projeto de saúde. A justificativa do governo de São Paulo é de que se trata de um projeto estadual.
Para Boulos, Tarcísio tenta ajudar Nunes, de quem é aliado. “O governo do Estado não é dono da experiência do Poupatempo. Ela pertence ao povo de São Paulo. O governador aliado dele quer atacar a proposta [do PSOL], em vez de atacar o problema [da saúde], de uma maneira mesquinha, como se um programa público fosse de propriedade de um determinado partido ou de uma determinada gestão”, afirmou.
O projeto visa criar 16 unidades de saúde com o novo modelo, combinando centros de diagnóstico e consultas especializadas em um só local. As unidades serão instaladas em bairros periféricos e em prédios da Prefeitura que estão desocupados.
Segundo o candidato do PSOL, o Poupatempo da Saúde poderia começar a funcionar já no segundo semestre de 2025. “Nós vamos fazer Poupatempo da saúde por mais que alguém no governo do estado ou que o atual prefeito queira censurar”, declarou.