
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) optou por não retornar a São Paulo, o maior colégio eleitoral do país, antes do primeiro turno das eleições. Sua agenda oficial revela um afastamento estratégico da cidade, indicando que ele não deseja se associar diretamente a uma possível derrota de Ricardo Nunes (MDB), candidato que apoia, mas com quem mantém uma relação distante.
Na última terça-feira (10), Bolsonaro esteve em Registro, no interior do estado, em apoio a seu irmão Renato, candidato a prefeito pelo PL. No entanto, essa foi sua última visita em terras paulistas antes das eleições.
De acordo com sua programação, até 6 de outubro ele passará por cidades como Pelotas, Santa Maria, Santo Ângelo e Passo Fundo, no Rio Grande do Sul; além de Imperatriz e São Luís no Maranhão, Ji-Paraná (RO), Manaus (AM), Vitória (ES) e Santa Catarina, com cidades ainda a definir. Bolsonaro deve encerrar sua agenda de campanha na capital do Rio de Janeiro, onde deve permanecer até o dia da votação.
A decisão de não comparecer fisicamente a São Paulo, segundo analistas políticos, pode indicar que o ex-presidente não quer estar diretamente ligado a uma possível derrota de Nunes.

Essa ausência contrasta com a presença de Lula, que planeja desembarcar na capital paulista quase todos os fins de semana até as eleições para participar de eventos públicos ao lado de Guilherme Boulos (PSOL), candidato à prefeitura.
Nos últimos dias, o inelegível voltou a criticar Pablo Marçal (PRTB), candidato que tem conquistado o apoio de bolsonaristas, mas já sinalizou que, caso Marçal vá para o segundo turno, ele poderá apoiá-lo.
A última pesquisa AtlasIntel, divulgada nesta quarta-feira (11), mostra Boulos liderando as intenções de votos com 28%, enquanto Marçal o segue de perto, com 24,4%, considerando a margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Nunes está com 20,1%.
O coach cresceu 8,4 pontos. na comparação com a rodada anterior do levantamento, divulgado no dia 20 de agosto, mantendo a tendência de alta. Boulos oscilou negativamente 1 ponto (tinha 29%) e Nunes 1,9 ponto (tinha 22%).
No grupo seguinte, Tabata Amaral (PSB) registra 10,7%, uma queda em relação aos 12% da pesquisa anterior. José Luiz Datena aparece com 7,2%, reduzindo-se dos 10% anteriores, e Marina Helena (Novo) alcança 4,7%, um ligeiro aumento em comparação aos 4,3% anteriores.
Ricardo Senese (UP) subiu para 0,7%, ante 0,2% anteriormente, enquanto João Pimenta (PCO) continua sem pontos. Brancos e nulos somam 2,5%, e 1,7% dos entrevistados não souberam responder.
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