
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, celebrou nesta sexta-feira (13) a assinatura unânime da declaração conjunta dos ministros da Agricultura do G20. O documento foi acordado por 23 ministros e autoridades, além de representantes de quase 50 países, marcando um consenso após cinco anos de tentativas sem sucesso.
“Depois de cinco anos em que todos os grupos se dedicaram, mas não conseguiram fazer uma declaração, simplesmente cartas resumindo os trabalhos”, disse o titular da pasta, após o fim da plenária do evento, que ocorre em um resort em Chapada dos Guimarães (MT).
O evento inicialmente estava programado para acontecer em Cuiabá, mas foi transferido para o resort Malai Manso, próximo ao Parque Nacional da Chapada. Durante os dias do encontro, o cheiro de fumaça provocado pelas queimadas na região foi constante, evidenciando o impacto ambiental, conforme informações da Folha de S.Paulo.
Na última quinta-feira (12), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) informou que 36.290 hectares já haviam sido devastados pelo fogo no município, sendo 3.807 dentro da área do parque.

De acordo com Fávaro, a declaração do G20 reflete um compromisso com a construção de uma agropecuária sustentável e inclusiva, além de um esforço conjunto para combater a pesca ilegal e predatória. O documento aborda as principais prioridades do Brasil durante sua presidência temporária no G20, com foco na inclusão e sustentabilidade.
“Por parte da agricultura, esse tema é muito latente, porque não há como construir um mundo melhor quando as pessoas ainda passam fome. O G20 assume compromissos com a inclusão social, com a extinção da fome, com a inclusão de oportunidades econômicas (pequenos produtores, comunidades quilombolas e indígenas)”, destaca.
Fávaro também reforçou a necessidade de enfrentar as mudanças climáticas, que, de acordo com ele, são uma realidade permanente. “Precisamos agir de forma concreta para enfrentar essas diversidades climáticas.”
Entre as iniciativas citadas estão o incentivo à agricultura regenerativa, o combate ao desmatamento, a valorização de práticas sustentáveis, além do uso de bioinsumos e tecnologias modernas que respeitem o meio ambiente.