PF tem novo plano para concluir investigações contra Bolsonaro

Atualizado em 16 de setembro de 2024 às 14:57
O ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Evaristo Sá/AFP

A Polícia Federal mudou o plano e o prazo previsto para concluir os inquéritos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. A ideia inicial era finalizar as investigações e indiciar os responsáveis ainda em setembro, mas agentes decidiram adiar as diligências finais.

Segundo a coluna de Malu Gaspar no jornal O Globo. nada deve ocorrer antes do primeiro turno das eleições municipais, que ocorre no dia 6 de outubro. Eles avaliam que ainda há algumas apurações em curso que devem mostrar o vínculo entre a minuta golpista e o ataque de 8 de janeiro de 2023.

Também devem ser tomados novos depoimentos, o que vai adiar a conclusão das investigações para outubro. Os investigadores estão tentando evitar abrir margem para pedidos de novas informações, como fez Paulo Gonet, procurador-geral da República, no caso das joias sauditas.

Agentes da Polícia Federal durante operação na casa de Jair Bolsonaro em Angra dos Reis (RJ). Foto: Reprodução

Há um cálculo político no novo prazo estabelecido pela PF. A corporação teria que sustentar uma série de indiciamentos, incluindo do próprio ex-presidente, em meio à eleição. A Procuradoria-Geral da República (PGR) já sinalizou que só vai denunciar os alvos após o pleito.

A ideia é evitar acusações de instrumentalização política e partidarismo do órgão. A PF não vê motivos para arriscar o inquérito se a própria PGR não vai dar andamento aos casos tão cedo.

A corporação calcula que o tempo deve aumentar a robustez das provas e que é melhor evitar apressar os trabalhos neste momento. A previsão de investigadores é que Bolsonaro seja condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ainda no fim deste ano, em dezembro, mas que a data dependerá da PGR.

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