
Na noite deste domingo (15), após o incidente entre José Luiz Datena (PSDB) e Pablo Marçal (PRTB) durante o debate para a Prefeitura de São Paulo, publicitários das campanhas de Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) iniciaram conversas sobre um possível pacto de civilidade para o restante da campanha.
A discussão ocorreu logo após o apresentador agredir o ex-coach com uma cadeira, episódio que gerou repercussão imediata entre as equipes das três principais campanhas.
Segundo o blog de Daniela Lima no g1, Felipe Soutello, responsável pela campanha de Datena, também foi consultado sobre a proposta de um acordo informal que promovesse debates mais pacíficos.

A ideia seria refletir o que muitos marqueteiros veem como o espírito das eleições municipais: uma disputa focada em propostas e menos em confrontos pessoais.
Um publicitário que atua em campanhas no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte comentou que há um desgaste no modelo de campanha baseado em ataques. Ele acredita que Pablo Marçal pode sofrer uma queda nas intenções de voto após o debate, apesar de ter sido o agredido fisicamente.
As equipes de Nunes e Boulos estão analisando o impacto da agressão na imagem do candidato do PRTB por meio de pesquisas qualitativas. A percepção inicial de eleitores que assistiram ao debate é que a resposta de Datena, embora violenta, foi provocada por declarações exageradas do oponente, que chegou a chamar o rival de “estuprador” em rede nacional.
Para a equipe do atual prefeito, Marçal participou do debate com o objetivo de criar um fato político que gerasse grande repercussão nas redes sociais, especialmente após os resultados da última pesquisa Datafolha, que indicaram uma estagnação nas intenções de voto do ex-coach.
Agora, a pergunta que todas as campanhas se fazem é: ele passou do ponto?