Temporal em SP: Enel mobiliza menos funcionários do que o esperado em SP, diz Aneel

Atualizado em 14 de outubro de 2024 às 6:31
Funcionários da Enel: empresa não cumpre plano de contingência no temporal em SP. Foto: reprodução

A Enel não cumpriu o plano de contingência para eventos climáticos severos e acionou menos funcionários do que o necessário após a tempestade que atingiu São Paulo, conforme afirmou Sandoval Feitosa, diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

No início da noite deste domingo (13), a Aneel realizou uma reunião com representantes da Enel e de outras oito empresas responsáveis pela distribuição de energia elétrica na capital e na Região Metropolitana de São Paulo. Entre as empresas participantes estavam a Enel São Paulo, Neoenergia Elektro, EDP São Paulo, Energisa Sul-Sudeste, CPFL Piratininga, CPFL Paulista, CPFL Santa Cruz, CTEEP e Eletrobrás Furnas.

Durante uma coletiva de imprensa, Feitosa declarou: “A percepção que nós temos a respeito da recuperação do serviço é que ela [Enel] de fato não tem atendido todas as expectativas com relação ao ano passado. Claro que esses números precisam ser melhor decurados, porque agora temos uma quantidade de consumidores muito grande que estão interrompidos em função do evento. E há outros consumidores que têm ausência do seu serviço por questões da rotina diária do serviço de distribuição.”

Segundo ele, 1.700 funcionários estão atuando em campo para restabelecer o fornecimento de energia na capital e na Região Metropolitana.

Entretanto, o plano de contingência que a Enel apresentou à Aneel no ano passado, após o apagão de 3 de novembro, estipulava a mobilização de 2.500 trabalhadores para situações climáticas extremas, como a tempestade da última sexta-feira.

Aneel convoca reunião com representantes da Enel e outras 8 empresas — Foto: Philipe Guedes/TV Globo
Aneel convoca reunião com representantes da Enel e outras 8 empresas — Foto: Philipe Guedes/TV Globo

O diretor-presidente da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp), Thiago Nunes, expressou preocupação com a “capacidade de mobilização” da empresa e com a “velocidade desse restabelecimento.”

O presidente da Enel, Guilherme Alencastre, participou da coletiva de imprensa, mas não definiu um prazo para a restauração completa da energia nos municípios afetados, atribuindo os atrasos ao fator climático. Ele afirmou: “Existe um plano de contingência e ele foi acionado. De fato, o evento climático foi acima das previsões, mas isso nós, inclusive, vamos aprender a evoluir e ter melhores previsões.”

Alencastre também prometeu que, a partir desta segunda-feira (14), mais 400 trabalhadores de outras empresas de energia se unirão às equipes da Enel para acelerar o processo de restabelecimento.

Cerca de 900 mil clientes continuam sem energia na capital e na Grande São Paulo.bOs bairros mais impactados incluem Jabaquara, Vila das Mercês, Ipiranga, Jardim São Luiz e Santo Amaro, além das cidades de Santana de Parnaíba, Carapicuíba e São Bernardo. Na capital, 552 mil clientes estão afetados, e a situação é crítica em São Bernardo do Campo, Cotia e Taboão da Serra.

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