A Polícia Federal prevê que a investigação sobre a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados em tentativa de golpe deve ser concluída em novembro. O relatório final da corporação vai apresentar novas mensagens encontradas nos celulares dos investigados.
Segundo o Blog da Andréia Sadi no g1, policiais federais avaliam que o material confirma e reforça o envolvimento de Bolsonaro na elaboração da minuta golpista em reuniões no Palácio da Alvorada após a derrota nas eleições de 2022.
Depoimentos dos investigados também apontaram que autoridades do governo Bolsonaro se reuniram para debater a tentativa de golpe de Estado no país, o que culminou com o ataque terrorista de 8 de janeiro de 2023 em Brasília.
O relatório da PF vai encerrar o inquérito das milícias digitais. As investigações já geraram indiciamentos nos inquéritos sobre falsificações de cartões de vacinação e desvio de presentes oficiais dados por autoridades estrangeiras ao governo Bolsonaro.
A última parte, a apuração sobre o golpe, demorou mais que o esperado por investigadores pela necessidade de uma perícia para extrair informações dos celulares e computadores apreendidos. As provas obtidas também foram cruzadas com dados do inquérito sobre o esquema de espionagem ilegal na Abin (Agência Brasileira de Inteligência).
As apurações sobre os casos das joias e das vacinas já foram enviados à Procuradoria-Geral da República (PGR) em julho deste ano. O órgão poderá pedir à PF novas diligências, arquivar os inquéritos ou apresentar uma denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Paulo Gonet, o procurador-geral, tem dito a interlocutores que uma eventual denúncia contra Bolsonaro e aliados precisa ser robusta. Por isso, alega que quer analisar todas as provas reunidas no inquérito das milícias digitais antes de uma manifestação.
Agentes da PF afirmam que todas as investigações envolvem o mesmo núcleo de pessoas, o que pode configurar uma organização criminosa. A previsão é que a PGR faça uma única denúncia ao STF, ligando todos os casos.
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