
Apoiadores do ex-presidente da Bolívia Evo Morales têm promovido bloqueio de estradas no país para evitar sua prisão. Os manifestantes têm usado pedras e terras para bloquear o tráfego em rodovias que conectam Cochabamba, cidade no centro do país, a La Paz, Sucre, no sul, e Santa Cruz, no leste.
Há relatos de confrontos entre a polícia e os manifestantes em Paratono, povoado que liga Cochabamba a La Paz. Os civis têm usado pedras, fogos de artifício e fogueiras contra os agentes, que atacam os grupos com gás lacrimogêneo.
O Pacto de Unidade, coalizão de organizações próximas a Morales, é a responsável pela convocação dos bloqueios e alega que o movimento ocorre “para proteger a liberdade, a integridade e impedir o sequestro” do ex-presidente.

Morales é acusado de cometer os crimes de estupro e tráfico de pessoas. Na última quinta (10), o Ministério Público intimou o ex-presidente para prestar depoimento, mas ele não cumpriu a ordem e pode ser alvo de um mandado de prisão.
O ex-mandatário boliviano afirma que a investigação é “mais uma mentira” que já foi analisada e arquivada pela Justiça do país em 2020. O Ministério Público afirma que Morales teria se envolvido com uma adolescente de 15 anos em 2015.
A principal prova do caso é uma suposta certidão de nascimento em que o pai reconhece a menina como tendo 15 anos na época. Os próprios familiares da menina são investigados no caso. A defesa de Morales alega que a acusação é infundada por falta de provas e aponta que a própria vítima se recusou a testemunhar.
O pai da menina foi preso na última sexta (11) por não comparecer a depoimento ao Ministério Público. A promotora responsável pela investigação, Sandra Gutiérrez, não quis adiantar se pedirá ou não a prisão de Morales.
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