Diretor da AstraZeneca é preso; China investiga venda ilegal de medicamentos

Atualizado em 8 de novembro de 2024 às 23:42
AstraZeneca: a farmacêutica está no epicentro de um escândalo na China. Reprodução

A AstraZeneca, gigante farmacêutica britânica, informou nesta quinta-feira (7) que Leon Wang, chefe de suas operações na China, foi detido no país, onde a empresa é alvo de investigações sobre suposta coleta ilegal de dados e importação de medicamentos. A informação foi confirmada pela gigante farmacêutica ao Financial Times e à agência de notícias AFP.

Em 2020, a farmacêutica ficou famosa por desenvolver uma vacina contra a covid-19 amplamente administrada em todo o mundo durante a pandemia. O país oriental se tornou um mercado ainda mais importante para o grupo desde então.

No mês passado, a AstraZeneca já havia confirmado que Wang estava sendo investigado, e em setembro, confirmou que vários de seus funcionários estavam sob investigação na China, após saírem notícias de que eles estavam sendo questionados sobre coleta de dados e importação de medicamentos potencialmente ilegais.

De acordo com o Financial Times, as autoridades de Shenzhen investigaram cinco cidadãos chineses, incluindo funcionários e ex-funcionários da AstraZeneca, sob suspeita de violações ligadas à coleta de dados de pacientes e à importação de um medicamento para câncer de fígado que não possui aprovação no país.

O remédio Imjudo, usado para tratamento de câncer, é aprovado em outras partes do mundo, mas não na China – e a suspeita é de que ele chegou ao território chinês vindo de Hong Kong. O Imjudo é regularmente prescrito junto com o Imfinzi, outra terapia contra o câncer que é feito pela AstraZeneca, como uma terapia combinada para pacientes com câncer de fígado avançado.

Conheça as redes sociais do DCM:
⚪️Facebook: https://www.facebook.com/diariodocentrodomundo
?Threads: https://www.threads.net/@dcm_on_line

Sofia Carnavalli
Sofia Carnavalli é jornalista formada pela Cásper Líbero e colaboradora do DCM desde 2024.