
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou em entrevista à Folha que a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos pode influenciar positivamente a política brasileira, especialmente em relação à sua família.
Ele acredita que a ascensão de Trump, que conquistou maioria no Senado e pode ampliar sua influência sobre a Justiça americana, pode exercer pressão sobre o Supremo Tribunal Federal (STF) e outras autoridades brasileiras para reverter a inelegibilidade de seu pai, Jair Bolsonaro.
Eduardo esteve ao lado de Trump em Mar-a-Lago, na Flórida, com Elon Musk e lideranças republicanas para a contagem de votos. Segundo o deputado, se o presidente eleito conseguiu retornar ao poder após ser perseguido e processado, há chances de seu pai, também alvo de investigações, ter uma reviravolta política e voltar a ser uma opção para as eleições de 2026.
Ele também acredita que o controle republicano do Senado pode facilitar a aprovação de projetos de lei, como o que visa proibir a entrada nos EUA de pessoas que violaram a liberdade de expressão de cidadãos americanos. Esse projeto, apresentado por dois congressistas republicanos, poderia atingir o ministro Alexandre de Moraes, do STF, acusado por Eduardo de violar a Constituição dos EUA ao suspender contas do Twitter e bloquear perfis de usuários brasileiros.
Em relação à inelegibilidade de seu pai, Eduardo considera que é possível reverter a condenação de Jair Bolsonaro, assim como foi feito com Luiz Inácio Lula da Silva, que teve suas condenações anuladas.

Bolsonaro foi declarado inelegível até 2030 por abuso de poder político e econômico durante as eleições de 2022. O deputado argumenta que as circunstâncias que levaram à inelegibilidade de seu pai são menores em comparação com as acusações que Lula enfrentou, o que tornaria possível a reversão dessa decisão judicial.
Eduardo também se posicionou a favor de um projeto que tramita no Congresso para conceder anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023, justificando que as condenações são exageradas. Para ele, embora as ações tenham sido erradas, não houve tentativa de golpe de Estado. Segundo o deputado, a punição excessiva visa apenas amedrontar os cidadãos conservadores e desestimular manifestações a favor de figuras como Bolsonaro.
Por fim, Eduardo se mostrou confiante de que, mesmo com os obstáculos legais e políticos, seu pai, Jair Bolsonaro, será uma opção viável para as eleições de 2026.