
Horas após ao atentado bolsonarista na Praça dos Três Poderes, na noite de quarta-feira (13), parlamentares da bancada do PT manifestaram, por meio das redes sociais, repúdio ao crime cometido por um seguidor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O militante de extrema-direita, identificado como Francisco Wanderley Luiz, detonou um carro com explosivos próximo a um anexo da Câmara dos Deputados e lançou bombas caseiras em direção ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Conhecido como Tiü França, ele morreu após ser atingido por um dos artefatos. A bancada petista relacionou o atentado aos discursos de ódio de líderes políticos que não aceitaram o resultado das eleições de 2022 e que, segundo os parlamentares, ainda alimentam ações extremistas semelhantes ao ataque do 8 de janeiro de 2023.
O líder da bancada, deputado Odair Cunha (MG), ressaltou a necessidade de completa investigação do caso. “Estamos acompanhando as investigações e aguardando mais informações, mas seguimos confiantes de que as instituições e órgãos competentes esclarecerão os fatos e as suas motivações. Episódios como esse são intoleráveis em uma democracia e não cabem no Brasil que estamos reconstruindo”, declarou. O parlamentar enfatizou que atos de violência com motivação política são inaceitáveis e exigem resposta firme das autoridades.
A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), também destacou a gravidade do atentado e comparou o caso à tentativa de golpe de janeiro. “Os gravíssimos fatos dessa noite na Praça dos Três Poderes repetem o cenário, os alvos e a violência do 8 de janeiro. O carro com explosivos na Câmara dos Deputados é de um candidato a vereador do PL de Santa Catarina. São muitos elementos que nos alertam para permanecer vigilantes em defesa da democracia. Sabemos quem são seus inimigos e saberemos defendê-la mais uma vez”, afirmou.

O líder do governo Lula na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), se solidarizou com os atingidos e ressaltou que os autores diretos ou indiretos do atentado precisam ser responsabilizados. “Confiamos nos órgãos de segurança e nas instituições do Estado no cumprimento de suas funções de esclarecer o fato à sociedade brasileira e, caso tenha motivação política, que os responsáveis sejam punidos com o rigor da lei. Basta de violência!”, declarou.
Também demonstrando indignação, a 2ª Secretária da Mesa Diretora da Câmara, deputada Maria do Rosário (RS), reforçou o posicionamento contra a anistia para envolvidos em ações de caráter golpista.
“Repúdio e indignação: Não ousem falar mais em anistia para o 8/1. Não ousem falar em impunidade para essa extrema direita que ameaça vidas e instituições. Parlamentares que defendem e apresentam projetos para a impunidade de terroristas estão se associando a estes crimes, o que é inaceitável”, pontuou.
Já Lindbergh Farias (RJ) disse que “essa turma precisa ser condenada”. “Esse é o jogo bolsonarista. Esse pessoal está insuflando essa militância contra o Supremo, contra as instituições. É muito grave, a política dessa turma contra o Supremo, contra as instituições e contra o ministro Alexandre de Moraes, dá nisso”, afirmou.
Conheça as redes sociais do DCM:
⚪️Facebook: https://www.facebook.com/diariodocentrodomundo
?Threads: https://www.threads.net/@dcm_on_line