
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que a guerra com a Rússia “terminará mais cedo” caso Donald Trump implemente as políticas que prometeu após assumir novamente a presidência dos Estados Unidos. A declaração foi feita durante entrevista ao jornal ucraniano Suspilnel, após uma conversa telefônica que Zelensky classificou como “construtiva” com o republicano.
Zelensky não detalhou exigências feitas por Trump durante a ligação, mas assegurou que nada foi dito contra os interesses da Ucrânia. Ele também enfatizou que o país precisa agir para que o conflito termine por meios diplomáticos no próximo ano.
O presidente reeleito tem declarado reiteradamente que sua prioridade será encerrar a guerra, interrompendo o que chama de “desperdício de recursos” dos EUA, em referência aos altos valores investidos em ajuda militar à Ucrânia. Desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022, os Estados Unidos forneceram ou comprometeram US$ 55,5 bilhões (R$ 321,9 bilhões) em armamentos e equipamentos, segundo dados do Instituto Kiel para a Economia Mundial.
Apesar do otimismo de Zelensky, o futuro da relação entre os dois líderes é incerto, dado o histórico conflituoso. Trump foi poderia ter sofrido um impeachment em 2019 sob acusações de pressionar o ucraniano a investigar o então candidato Joe Biden, seu rival político.
Ainda assim, o republicano insiste em dizer que tem um “relacionamento muito bom” com o ex-humorista, e declarou recentemente que resolveria a guerra “muito rapidamente”, sem revelar detalhes de sua estratégia.

Enquanto Zelensky demonstra esperança de que a abordagem de Trump beneficie a Ucrânia, críticos democratas nos EUA acusam o ex-presidente de proximidade excessiva com Vladimir Putin, líder russo. Eles temem que as políticas do republicano possam enfraquecer a resistência ucraniana e comprometer a segurança europeia.
O chanceler alemão Olaf Scholz, que também conversou com o vencedor das eleições após o pleito, descreveu a postura do presidente eleito como “mais nuançada” do que se imaginava. Em entrevista ao jornal Süddeutsche Zeitung, da Alemanha, Scholz relatou uma conversa “detalhada e produtiva” sobre o conflito.
No início deste ano, a Câmara dos Representantes dos EUA aprovou um pacote de US$ 61 bilhões (R$ 353,8 bilhões) em ajuda militar à Ucrânia. Porém, analistas apontam que o futuro da assistência militar americana dependerá das políticas que Trump adotará a partir de janeiro.
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