
O tenente-coronel Mauro Cid, o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, prestou um depoimento de mais de duas horas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta (21). A oitiva foi acompanhada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet.
Segundo a coluna de Renata Agostini no jornal O Globo, Cid se mostrou disposto a colaborar com as investigações e não evitou responder a qualquer pergunta. A oitiva serviu para o bolsonarista convencer o magistrado a mantê-lo fora da prisão.
Interlocutores do ministro do Supremo relatam que ele considerou suas respostas satisfatórias e disse que a audiência foi “muito boa”, enquanto Gonet decidiu rever a posição da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre sua volta à cadeia. Na última terça (18), o órgão se manifestou a favor da prisão preventiva de Cid.

O ex-ajudante de ordens foi convocado dois dias após a operação da Polícia Federal que prendeu quatro militares e um policial federal que planejaram o assassinado do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e de Moraes. Cid alegou desconhecer a trama, mas a PF identificou que ele trocava mensagens com os envolvidos sobre os preparativos da ação.
O acordo de delação foi fechado com a PGR em setembro de 2023, época em que o órgão ainda era chefiado por Augusto Aras. Os benefícios foram mantidos após Cid apresentar novas informações sobre o envolvimento do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa, na articulação golpista.
O tenente-coronel já foi preso duas vezes: a primeira em maio de 2023 por suspeita de envolvimento no esquema de fraude em cartões de vacinação e a segunda, em março deste ano por obstrução de Justiça após divulgar áudios em que criticava as investigações e o ministro da Corte.
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