
O indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de mais 36 pessoas na investigação sobre a suposta tentativa de impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) gerou forte reação entre aliados bolsonaristas. Segundo eles, o ato é uma estratégia do governo e da esquerda para desviar a atenção de eventos recentes, como a vitória de Donald Trump nos Estados Unidos e os resultados das eleições municipais no Brasil.
O deputado Carlos Jordy (PL-RJ), líder da oposição na Câmara, ironizou o momento escolhido para o indiciamento. “Curioso tudo isso acontecer nesse momento em que tivemos uma vitória acachapante nas eleições municipais e, consequente, derrota da esquerda, além da eleição de Trump nos EUA”.
“Mais curioso ainda é essa narrativa iniciar com o atentado fake do tal Tio França, que levou a desdobramentos de fatos que foram levados a público de forma relâmpago. Tudo isso tem apenas um objetivo: manter a narrativa de golpe contra Bolsonaro e a direita”, completou ele.
O que mais impressiona é que a imprensa já tenha informações sobre um inquérito sigiloso, do qual ninguém mais teve acesso. E o interessante é que vazam as partes que interessam para a narrativa sensacionalista. Não há justiça, há justiçamento.
— Carlos Jordy (@carlosjordy) November 21, 2024
O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), também se manifestou, publicando um vídeo em suas redes sociais. No material, ele alegou que os indiciamentos são uma resposta ao cenário político internacional:
“O desespero bateu, eles viram que a volta de Bolsonaro é uma realidade e agora querem reagir, querem sapatear, querem continuar contando a história e o enredo que o presidente Lula já falou, que tinha que contar uma narrativa”.
Minha opinião sobre o indiciamento do presidente @jairbolsonaro e os demais é uma cortina de fumaça.
Justamente no dia que faz 1 ano da morte do Clezão… Assistam e compartilhe!
2026 é logo ali… pic.twitter.com/pFYuOV6sZg
— Sóstenes Cavalcante (@DepSostenes) November 21, 2024
A deputada Bia Kicis (PL-DF) compartilhou a mesma visão. Para ela, a vitória de Trump desencadeou ações aceleradas por parte do governo. “Depois de Trump, eu afirmei que eles [governo] iriam vir com tudo, acelerar todas as barbaridades, porque sabem que têm pouco tempo”, disse.
Estamos há mais de 5 anos assistindo a instauração de inquéritos, a realização de medidas policialescas com base em vazamentos na imprensa, processos com violação ao devido processo legal, sem acesso aos autos pelos advogados, tudo para demonizar e perseguir o Presidente…
— Bia Kicis (@Biakicis) November 21, 2024
Já Júlia Zanatta (PL-SC), defendeu Jair Bolsonaro e alegou que o ex-presidente “é o maior perseguido político do país”. “Mesmo assim, se fortaleceu com as eleições municipais e também com a vitória de Trump. Ou seja: o desespero de seus algozes bateu na porta”, pontuou ela.
Os bolsonaristas também criticaram o que consideram um sistema de “democracia relativa”. Segundo Zanatta, “na democracia relativa, o juiz é vítima, acusador, tudo. Nesta democracia de faz-de-conta que inventaram até um golpe fake, claro que o alvo principal seria o presidente Bolsonaro”.
“O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”
– Jair BolsonaroESTAMOS COM VOCÊ, BOLSONARO!
??? pic.twitter.com/44ZqwsT9l4— Júlia Zanatta (@apropriajulia) November 21, 2024
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