
A atividade econômica da Argentina teve um recuo de 3,3% em setembro na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo o Indec (Instituto Nacional de Estatísticas e Censos). O resultado é pior do que o previsto por analistas, que estimavam uma queda de 2,7%, e ocorre em meio à celebração de Javier Milei, presidente de extrema-direita, que disse que “a recessão terminou”.
O país teve seu quarto mês consecutivo com uma queda na atividade econômica e 11 setores registraram quedas na comparação anual, segundo o Indec, sendo o da pesca o mais afetado, com um recuo de 25,2%. Os segmentos de construção (-16,6%), comércio atacadista, varejista e reparos (-8,3%) e indústria manufatureira (-6,2%) aparecem na sequência.
Na comparação com o mês de agosto, a economia argentina teve um recuo de 0,3% em setembro. O país enfrenta uma forte recessão mesmo com as medidas de austeridade de Milei, que foi eleito prometendo usar uma “motoserra” contra os gastos públicos em diversos setores da economia.

As medidas do mandatário têm causado uma desvalorização do peso em relação ao dólar, a paralisação de obras públicas e o corte de subsídios em serviços essenciais.
Ao mesmo tempo, segundo o Indec, a pobreza afeta mais da metade (52,9%) da população local. Relatórios recentes do instituto indicam que houve um aumento de 41,7% no número de pessoas abaixo da linha de pobreza durante a gestão de Milei.
Mesmo assim, no início de novembro, Milei fez um discurso dizendo que “o país finalmente começou a crescer”. Na ocasião, ele celebrou um aumento de 2,6% da produção industrial e um avanço de 2,6% da construção, mesmo com uma queda em relação ao ano anterior.
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