Caiado joga fumaça em tentativa de assassinato de autoridades para fugir do assunto

Atualizado em 23 de novembro de 2024 às 15:29
O governador de Goiás Ronaldo Caiado (União Brasil) em entrevista ao UOL News
Imagem: Reprodução/YouTube/UOL

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), afirmou que o Brasil não pode se concentrar em “factóides” enquanto enfrenta problemas reais e urgentes.

A declaração foi feita para a coluna de Andreza Matais, do UOL, em resposta ao inquérito da Polícia Federal que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 36 pessoas por tentativa de golpe de Estado.

Para Caiado, o caso já está sob análise da Justiça, e o foco deve ser direcionado para questões que impactam diretamente a população.

“O assunto está sob a jurisdição do Supremo Tribunal Federal. Então, vamos aguardar o resultado. Se ficar comprovado, será condenado. Mas ficar no achismo não acrescenta nada. Estamos nessa pauta há dois anos. E vamos continuar mais quatro? A sociedade quer alguém, em 2026, que resolva os problemas do Brasil”, declarou o governador, pedindo que o debate se volte a temas como a reforma administrativa e o corte de gastos.

Bolsonaro e Caiado. Foto: Reprodução

Caiado, que apoiou o governo Bolsonaro e se posiciona como de direita e anti-petista, fez sua primeira declaração pública sobre o caso. Segundo ele, o Brasil está sem rumo, sem planos claros e vivendo de distrações políticas que desviam a atenção de questões essenciais para o futuro do país. Ele criticou a insistência no tema do golpe como uma forma de paralisar o progresso.

Apesar de reconhecer que o inquérito é um assunto sério, Caiado argumentou que não é produtivo insistir nesse debate. “A polícia já levantou os fatos. Não vai ser julgado? Então pronto. Não perco tempo com algo que não é pauta minha. Esse assunto aí vai ficar sendo remoído enquanto o país segue sem fazer nada”, completou, reforçando a necessidade de avançar em pautas concretas.

Questionado sobre como o indiciamento de Bolsonaro pode impactar a direita, Caiado afirmou que está cansativo discutir extremos políticos. “Esse negócio de extrema direita para cá, extrema direita para lá… Ninguém está aguentando mais. Já cansou”, disse. Para ele, a sociedade quer soluções práticas, e não debates que alimentam divisões ideológicas.

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